Título: Para Agripino, reivindicar vaga perdida no governo "é normal"
Autor: Lima, Vandson
Fonte: Valor Econômico, 05/04/2011, Politica, p. A9

De São Paulo

Em dissonância com o que tem afirmado, reiteradamente, a bancada do DEM na Assembleia Legislativa de São Paulo, o senador e novo presidente do partido, José Agripino Maia, acredita que "é normal" que o partido reivindique a vaga perdida no secretariado do governo de Geraldo Alckmin (PSDB) com a saída do vice, Guilherme Afif Domingos, também secretário de Desenvolvimento. E que deve fazê-lo já na próxima semana, se definidos os nomes que comandarão a Executiva estadual. O favorito para presidir o DEM no Estado é o deputado federal Rodrigo Garcia.

"É de se supor que [a retomada do espaço] venha a acontecer, na medida em que há a reiteração de uma aliança. É claro que a parceria não é feita entre pessoas, mas entre partidos políticos", afirmou Agripino, após reunião com Alckmin na tarde de ontem, em São Paulo. O líder do DEM na Câmara federal, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, também esteve presente. O líder da bancada do DEM na Assembleia paulista, Estevam Galvão, tem dito que o partido não vai pleitear a vaga de Afif, e volta suas atenções para o cargo vago na secretaria de Agricultura.

Segundo Agripino, a visita serviu para colocar Alckmin a par da situação do partido. "Não existe essa propalada debandada do DEM. A começar por São Paulo". No Estado, o DEM tem oito deputados estaduais e seis deputados federais. Agripino avalia que a perda será de, no máximo três parlamentares.

Em entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura, o prefeito da capital, Gilberto Kassab, afirmou que o DEM, antes PFL, foi perdendo a sua identidade e identificação com o povo desde a mudança de nome, em 2007. Disse também que, caso o governador Alckmin busque a reeleição. terá seu apoio, desdenhando dos problemas entre os dois na eleição à prefeitura, em 2008: "Política não tem retrovisor". E elogiou os primeiros 100 dias de governo da presidente Dilma Rousseff: "Ela mostrou com rapidez sua liderança interna. É um novo governo, uma nova presidenta e existe muita confiança".