Título: Nível de emprego na construção civil cresce 1,2%
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Fonte: Valor Econômico, 17/04/2006, Brasil, p. A2
A construção civil brasileira aumentou em 1,2% o nível de emprego em fevereiro com a abertura de 16,5 mil novas vagas, encerrando o segundo mês do ano com 1,432 milhão de trabalhadores com carteira assinada. Esse número superou em 0,2% o melhor resultado até então, de outubro do ano passado, período em que foi registrado 1,429 milhão de empregos formais. No acumulado dos últimos 12 meses, foi registrado aumento de 10,3% no nível de emprego.
Os dados são do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Em fevereiro, em São Paulo, foram absorvidos 1,8 mil trabalhadores formais, 0,5% acima de janeiro. Desse total, 448 vagas são referentes a vagas criadas na capital paulista, onde a oferta cresceu 0,2% sobre o mês anterior. Na cidade de São Paulo, o nível de emprego subiu 8,4% nos últimos 12 meses até fevereiro, e no Estado, 9,6%.
Segundo o vice-presidente de economia do Sinduscon-SP, Eduardo Zaidan, as medidas de incentivo ao setor, anunciadas pelo governo no início do ano, ajudaram a impulsionar os canteiros de obras e toda a cadeia produtiva. Dentre elas, está o aumento no volume de repasse dos recursos ao crédito imobiliário que, neste ano, devem alcançar R$ 18,7 bilhões.
No entanto, Zaidan ressalta que as decisões sobre investimentos em quadro de pessoal e em empreendimentos "são tomadas bem antes de sua execução [das medidas]" e levam, no mínimo, seis meses. Para ele, ainda é cedo para avaliar a influência sobre os negócios em torno da redução do IPI dos materiais de construção, determinada por MP publicada em fevereiro.
Na avaliação de Zaidan, a medida é bem-vinda, mas "terá pouco impacto, porque a maioria das compras de material de construção é feita a crédito e, portanto, mais sensível à incidência de juros". Ainda assim, prevê que a construção civil deverá crescer em torno de 5% em 2006.