Título: Mobilidade para a Copa pode atrasar, diz Miriam
Autor: Pedroso,Rodrigo
Fonte: Valor Econômico, 20/09/2011, Brasil, p. A4

As obras de mobilidade urbana, previstas para as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, não são essenciais para o evento, disse ontem, em São Paulo, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Segundo a ministra, o principal foco do governo é a construção e ampliação de aeroportos, portos, estádios e rede hoteleira. "Mobilidade urbana serve como legado para as cidades, podendo ficar prontas para depois da Copa. Elas são importantes, mas não essenciais."

A construção de trens, metrôs, corredores de ônibus e obras viárias ainda estão em processo de licitação. A ministra não crê que ocorram atrasos nos projetos considerados essenciais e criticou a demora para a escolha das cidades-sede.

"Acredito que essas obras serão feitas a tempo", afirmou Miriam. "Mas tem que se levar em conta que a Copa foi decidida em 2007 e só dois anos e meio mais tarde fomos informados do local dos jogos. Todo nosso planejamento só pôde ser iniciado depois disso."

Segundo a ministra, as obras de infraestrutura para o torneio estão na segunda de três fases planejadas. A primeira, de escolha dos projetos e início dos investimentos, foi finalizada em janeiro de 2010. Atualmente, o planejamento está focado nas áreas de telecomunicações e segurança. A última parte do cronograma, ainda sem previsão de término, se refere à conclusão e funcionamento das obras. O governo ainda não sabe qual será o custo total da Copa para o país.

Sobre os estádios, a ministra afirmou que está tudo dentro do planejado. Das 12 arenas previstas, 10 estão, segundo ela, dentro do cronograma.