Título: BNDES deve dividir gestão da área industrial
Autor: Vera Saavedra
Fonte: Valor Econômico, 08/12/2004, Brasil, p. A2
A nova direção do BNDES, que se reuniu ontem pela primeira vez com o presidente Guido Mantega, está definindo os superintendentes das diversas áreas de trabalho do banco. Cogita-se aumentar o número desses executivos, que hoje somam 12. A novidade é o retorno de Carlos Gastaldoni, funcionário do banco que está emprestado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) para a superintendência da área industrial, agora sob a direção de Armando Mariante, que também comanda a área de exportações, o cobiçado BNDES Exim. Mariante foi indicado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), com endosso do ministro do Mdic, Luiz Fernando Furlan. Gastaldoni, secretário de indústria do ministério, chegou a ter seu nome cotado pelo ministro para ser diretor da área industrial da instituição de fomento. Mas, segundo fontes do banco, Furlan teria optado por Mariante, mais ligado aos empresários fluminenses. A área da indústria poderá, porém, ser dividida e passar a ter dois superintendentes, como acontecia antes da gestão Lessa. O que está em exame no banco é a possibilidade de seus oito departamentos serem partidos ao meio, ficando quatro para cada um dos superintendentes administrar. Na verdade, serão nove departamentos, pois a área industrial passará a abrigar também o setor de agroindústria. Os departamentos da área industrial são os de indústria eletrônica, bens de consumo e serviços, indústria química, insumos básicos, indústria pesada, papel e celulose, renda variável, tecnologias estratégicas e, agora, agroindústria. Além da indicação de Gastaldoni, já se sabe que na área social foi indicada uma nova superintendente, Sandra Souza. E, na de operações indiretas, que cuida dos agentes financeiros, permanecerá Cláudio Bernardo.