Título: Faltam nomes nacionais na disputa contra o PT em 2006
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 08/12/2004, Política, p. A9

Os principais pré-candidatos da oposição à Presidência da República em 2006 ainda estão muito restritos em suas bases eleitorais, segundo a oitava pesquisa CNI-Ibope. Essa situação permite que o atual secretário de segurança e ex-governador do Rio, Anthony Garotinho (PMDB), apareça bem nas pesquisas para 2006. A avaliação da entidade, contudo, é que a candidatura de Garotinho não se viabiliza, pois seus altos índices de intenções de votos ocorrem por falta de um outro nome nacional. Sua fragilidade está concentrada, justamente, em sua base eleitoral, o que diminui sua sustentabilidade. Essa avaliação é formulada por Amauri Texeira, da MCI Estratégia, empresa contratada pela CNI para analisar sua pesquisa. Ele sustenta sua posição no detalhamento do levantamento de intenções de votos para 2006. (ver ao lado) Os dados demonstram que, excluindo o primeiro cenário proposto pela CNI - que traz o atual prefeito eleito de São Paulo, José Serra (PSDB) como candidato -, todos os demais estão em relativa igualdade. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), é o que possui uma pequena vantagem: além de contar com muitos votos no maior Estado do país é mais conhecido nacionalmente. O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) e o prefeito reeleito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), aparecem praticamente empatados na pesquisa. "Isso demonstra que ainda há muito o que fazer", afirma Amauri. O consultor conclui que com a ampliação da campanha pela presidência em 2006, os atuais pré-candidatos devem, em um primeiro momento, crescer entre os atuais pré-eleitores de Garotinho. Dentro dessa perspectiva, Cesar Maia poderia ter uma vantagem: além de ser carioca, quer nacionalizar em seu discurso a segurança, que acabou de ultrapassar o desemprego como setor mais mal avaliado do governo Lula