Título: Deputados negam qualquer favorecimento
Autor: Torres, Izabelle
Fonte: Correio Braziliense, 05/09/2010, Política, p. 2

O deputado federal GeraldoMagela (PT-DF) afirmou que não elabora emendas pensando em apoio político e que a escolha dos projetos que pretende beneficiar levaemconta os critérios de capacidade técnica e idoneidade das instituições. Minhas emendas têm caráter plural. Elas contemplam instituições ligadas à oposição e gente sem ligação partidária. Não faço emenda pensando em obter vantagem política. No entanto, quando faço campanha, faço para todomundo. Peço apoio a todo mundo independentemente das emendas, diz Sobre a relação que mantém com a ONG Amigos do Bem, o candidato a deputado Adelmir Santana afirmaque, ao destinar emendas à instituição, seu objetivo foi incentivar a cultura e o lazer em Samambaia. O ex-presidente da ONG hoje é candidato a distrital pelo DEM, partido que presido no DF. Ele tem meu apoio, mas nunca me beneficiou ou à minha campanha com recursos ou qualquer tipo de material.

Ele está afastado da presidência da ONG desde novembro de 2009, diz.

O deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) também negou que elabore emendas pensando em retorno político. Eles até podem votar em mim, mas é porque tenho história em Acaraú.

Minha origem vem de lá, diz. A assessoria do deputado ArmandoMonteiro afirmou que desde 2008 o parlamentar não destina recursos para a Aciagam e que o total repassado à associação ligada ao colega Izaías em três anos representou apenas 13% do total destinado à instituição no período.

O deputado federalMiguel Corrêa diz que fez opção por blindar sua ONGMudança Já ao se recusar a receber qualquer financiamento público. Para ele, isso evita insinuações de uso indevido da entidade. Apesar da blindagem à entidade, Corrêa já lançou mão de ONG para ajudar a financiar o evento privado Axé Brasil, em Belo Horizonte. O parlamentar foi autor de emenda de R$ 400 mil para o Instituto Mineiro de Desenvolvimento da Cidadania, que, por sua vez, repassou à DM Produções para a realização do evento musical. A DM é do empresário Leonardo Dias, amigo do deputado. Corrêa diz que não existiu irregularidade na triangulação porque o governo financia eventos privados, como as corridas de F-1. (IT e MCP)