Título: Importação cai e balança garante superávit
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 14/12/2004, Brasil, p. A3
Com o arrefecimento do ritmo das importações natalinas registrado nas últimas semanas, a balança comercial brasileira apresentou um superávit comercial de US$ 843 milhões na segunda semana de dezembro. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento e refletem expressiva redução no valor médio diário das importações, que caíram de US$ 319,7 milhões na primeira semana do mês em média, para US$ 248,0 milhões na semana passada - queda de 22,4%. Ao mesmo tempo, o volume de exportações cresceu de US$ 1,170 bilhão na primeira semana de dezembro para US$ 2,083 bilhões na segunda semana do mesmo mês - alta de 78%. Esse fluxo comercial permitiu o maior saldo comercial para uma semana desde a segunda semana de outubro, elevando o superávit acumulado do ano para US$ 31,250 bilhões - a meta estabelecida pelo ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, é alcançar US$ 32 bilhões de saldo comercial até o fim do ano. "O surpreendente no desempenho da semana passada foi que, na segunda, terça e quarta-feiras, houve uma performance fraca das exportações e, depois, até sábado, houve uma performance muito boa (das exportações). Não identificamos os motivos disso, mas foi uma dinâmica diferente do que aconteceu em meses anteriores, quando a simetria ao longo dos dias era maior", salientou Furlan. A média diária das exportações na segunda semana de dezembro chegou a US$ 416,6 milhões, 6,8% superior à média diária de US$ 390,0 milhões registrada na primeira semana do mesmo mês. Tal crescimento foi provocado pela expansão dos produtos básicos e manufaturados. Entre os primeiros, os embarques aumentaram 30% sobre as vendas realizadas na primeira semana de dezembro, com destaque para as vendas de petróleo bruto, minério de ferro, fumo em folhas, algodão e soja em grão. Já os manufaturados aumentaram suas vendas em 2,8% na mesma comparação por conta, principalmente, do comércio de aviões, automóveis de passageiros, gasolina, laminados planos e calçados. (RB)