Título: Concorrência e BNDES fazem diferença
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 16/11/2004, Brasil, p. A4

A estratégia da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) é a mesma das empresas estrangeiras, como a Arcelor, que estão aportando no Brasil, segundo Lauro Resende, diretor de investimento da empresa. "Queremos aumentar nossa produção de placas de aço e vendê-las para laminadoras que pretendemos comprar lá fora. O custo da placa aqui é imbatível". A CSN acha que o BNDES, mais que a consolidação de siderúrgicas nacionais aqui dentro, está empenhado em aumentar a capacidade produtiva de aço no Brasil e a companhia concorda com o banco. A CSN acabou de ter enquadrado no BNDES seu projeto de US$ 2 bilhões, para produzir cinco milhões de toneladas de placas de aço numa nova planta siderúrgica em Itaguaí. O projeto ainda não foi aprovado pelo conselho de administração da companhia , avisou Resende e o projeto está no papel. Outro projeto da CSN já foi enquadrado há mais tempo pelo banco de fomento: ampliação da produção da mina de minério de ferro de Casa de Pedra para 31 milhões de toneladas, mais melhorias no porto de Sepetiba e uma usina de pelotização. O investimento total será de R$ 782 milhões. Um terceiro projeto está em exame na CSN. Trata-se do quarto alto forno da unidade siderúrgica de Volta Redonda, também voltado para a produção de 2 milhões de toneladas de placas de aço. Este ainda não foi chegou ao BNDES. A Rio Polímeros, empresa do pólo petroquímico do Rio, começa a se tornar realidade. Seus sócios são Suzano, Unipar, Petrobras através da Petroquisa e BNDESPar. O projeto entrará em operação em março de 2005, com investimento total no negócio de US$ 1,09 bilhão. A central do pólo do Rio deve entrar em operação no início de 2005, com uma produção inicial de 520 mil toneladas/ano de polietileno. Parte vai para o mercado interno e o resto para exportação. A Unipar também está tocando o projeto de aumento da capacidade de produção da PQU de eteno. O projeto está dividido em duas fases. A primeira expansão até 2007 já está fechada. Prevê aumento de produção de 500 mil toneladas para 700 mil toneladas, um acréscimo de 40%, absorvendo investimento de R$ 1 bilhão. Esse valor inclui investimentos na termelétrica da Rolls Royce e de infra-estrutura na região. (VSD)