Título: Confiança do consumidor em SP cai 4,5%
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Fonte: Valor Econômico, 11/08/2006, Brasil, p. A4

A retomada dos ataques do crime organizado na capital paulista derrubou o Índice de Confiança dos Consumidores (ICC) da cidade, apurado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio). Em agosto, o indicador marcou 128,6 pontos, o menor nível em nove meses e 4,5% inferior ao registrado em julho (134,6 pontos). Na comparação com o mesmo mês de 2005, a retração foi de 2%.

Na avaliação do presidente da Fecomercio, Abram Szajman, o aumento da intensidade dos atos de violência a partir da segunda quinzena de julho é a principal justificativa para a piora do humor dos consumidores. "Como o cenário econômico é estável, a queda nos indicadores de confiança só pode ser atribuída à fragilidade da segurança pública em São Paulo." De acordo com a pesquisa, as mulheres com mais de 35 anos é o grupo menos otimista. A confiança delas atingiu 124,6 pontos.

Dentre os dois subitens que compõem o indicador, o que apresentou o pior resultado foi o Índice das Condições Econômicas Atuais (Icea), que mede o grau de otimismo do consumidor quanto ao presente. Neste mês, esse quesito ficou com 120,3 pontos, patamar 6,3% menor do que o registrado em julho. Os consumidores que ficaram mais pessimistas são os de renda superior a dez salários mínimos, onde o indicador apresentou baixa de 11,8%.

No Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), que aponta a percepção futura do consumidor, houve baixa de 3,3% ante o mês anterior, para 134,2 pontos. Nesse aspecto, os consumidores de mais baixa renda, inferior a dez salários mínimos é que demonstraram maior queda de confiança, de 5,1%. Já entre aqueles com renda superior, o índice ficou estável.