Título: Justiça pode parar
Autor: Braga, Gustavo Henrique
Fonte: Correio Braziliense, 29/09/2010, Economia, p. 17

Um grupo de aproximadamente 100 servidores do Judiciário Federal e doMinistério Público daUnião (MPU) protestou em frente à entrada do Supremo Tribunal Federal (SFT) contra a falta de previsão na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2011 para o pagamento da revisão dos planos de cargos e salários (PLS). A categoria, que temumaplenária marcada para o próximo dia 9, promete entrar em greve nacional já na primeira quinzena de outubro.

Além do ato em Brasília, houve protestos pontuais nos estados, com paralisações momentâneas.

O coordenador-geral da FederaçãoNacional dosTrabalhadores do Judiciário Federal e MPU (Fenajufe), Ramiro López, explica que a luta é para a equiparação dos salários da categoria com funções semelhantes exercidas no Legislativo e no Judiciário.

Hoje, há uma defasagem média de 50% nos salários de cargos de auxiliar, técnico e analista. Há casos em que a diferença chega a 100%, afirma o sindicalista.

Atualmente, o pagamento para esses servidores varia entre cerca de R$ 2 mil e R$ 6 mil. Estima-se que, se aprovada, a revisão do planode cargos e salários afetará cerca de 104 mil servidores no país.

Em São Paulo, houve paralisação de duas horas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Já no Rio Grande do Sul, a interrupção nas atividades foi de 24 horas. Os servidores deMato Grosso estão sem trabalhar desde o último dia 15. A greve faz parte do calendário de mobilização da categoria.

Enquanto outros estados optarampor protestos pontuais, decidimos paralisar o trabalho de vez, declarou o presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário Federal deMato Grosso, Pedro de Souza. (GHB)