Título: Puxadores são incógnita
Autor: Torres, Izabelle
Fonte: Correio Braziliense, 04/10/2010, Política, p. 18

A composição da bancada de deputados federais de pelo menos dez estados está condicionada à definição do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a validade da Lei da Ficha Limpa para esta eleição.

Tradicionais puxadores de votos não tiverama fatia de seu eleitorado contabilizada na soma de indicações alcançada por seus partidos ou coligações.No sistema proporcional, método usado para apontar os deputados federais e estaduais, o montante de votos recebido por postulante é transferido para os colegas de chapa quando esse alcança, sozinho, o quociente mínimo para fazer uma cadeiranoParlamento.

Assim, os 495.193 votos dados ao deputado PauloMaluf, do PP de São Paulo, por exemplo, não integrarão a soma para a formação de bancada do partido enquanto o STF não se pronunciar.

Na prévia da bancada paulista, o PP teria, sem os votos deMaluf, duas vagas. Até a noite de ontem, os deputados eleitores pela sigla no estado seriam Aline Corrêa e Missionário JoséOlímpio.

No Amapá, a coligação Frente Popular deu ao PT as duas vagas para a Câmara, pois os votos de Janete Capiberibe (PSB) não foramcomputados no sistema eleitoral.

Em Santa Catarina, o líder do PP na Câmara, deputado João Pizzolatti, também aguarda a definição de seu futuro político.

A votação do deputado fluminense Arnaldo Vianna (PDT) é outra que está indefinida. O PDT deve preencher três vagas no Rio de Janeiro. Se os votos deVianna forem computados, a relação de deputados federais eleitos pela legenda no estado pode mudar