Título: Petroflex negocia reajuste da borracha
Autor: Vieira, André
Fonte: Valor Econômico, 04/08/2006, Empresas, p. B8

A Petroflex, que apresentou lucro de R$ 11 milhões no segundo trimestre de 2006, uma queda de 58% sobre o resultado do mesmo trimestre do ano anterior, deu início às negociações para reajustes de preços dos seus produtos.

"Já começamos a negociação com os fabricantes de pneus", disse o diretor financeiro da fabricante de elastômeros (borracha sintética), Luiz Carlos Lopes. Ele avalia que o butadieno, principal matéria-prima, está ficando mais escasso e pressionando os preços da borracha sintética.

A Petroflex espera uma situação mais favorável no terceiro trimestre. Por conta da forte demanda mundial por borracha natural, que elevou os preços do produto, os consumidores estão partindo para a compra da borracha sintética.

Isso já foi sentido no mercado internacional. Os preços dos elastômeros subiram U$ 100 por tonelada na Ásia e outros US$ 70 por tonelada na Europa durante o segundo trimestre. Nos Estados Unidos, o produto, que custa cerca de US$ 1,2 mil por tonelada, não sofreu reajustes no período.

No segundo trimestre de 2006, a Petroflex apurou um crescimento de 2,8% no volume de vendas, atingindo 85,4 mil toneladas, o melhor resultado em cinco trimestres. No entanto, a receita continua aquém do ano passado, atingindo R$ 322,9 milhões, queda de 8,7%. A geração operacional de caixa foi de R$ 28,5 milhões.

Desde o início do mês, a Petroflex está sob novo comando executivo. No lugar do conselheiro Sérgio Alves, do grupo Suzano, que presidia interinamente a companhia, entrou Eduardo Bartolomeu, um ex-executivo da Vale do Rio Doce e AmBev. (AV)