Título: ANP ofertará 284 blocos na 8ª rodada
Autor: Santos, Chico
Fonte: Valor Econômico, 08/08/2006, Brasil, p. A2

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) divulgou ontem os blocos que serão ofertados na 8ª Rodada de Licitação de Blocos Exploratórios, marcada para os dias 28 e 29 de novembro. Serão ofertados 284 blocos exploratórios distribuídos por 14 setores de sete bacias sedimentares.

Segundo os dados divulgados ontem à noite, estarão incluídos na oferta 35 blocos marítimos, localizados em cinco setores das bacias do Espírito Santo e de Santos, considerados pela ANP como de "elevado potencial". Em torno deles é que a agência espera a disputa entre as grandes empresas. Além disso, irão a leilão 153 blocos marítimos considerados de nova fronteira. Outros 47 blocos classificados como de nova fronteira, estes em terra, também serão licitados.

Como foi feito na 7ª Rodada, em 2005, e em uma rodada especial em junho deste ano, a ANP vai colocar em leilão campos terrestres classificados como maduros (devolvidos pela Petrobras por considerá-los pouco rentáveis). Na 8ª Rodada serão ofertados 49 dessas áreas, todas localizadas na bacia terrestre de Sergipe-Alagoas.

O objetivo do governo com a licitação dessas áreas é estimular o surgimento de uma rede de pequenos produtores de petróleo e gás no Brasil. A reativação dos campos maduros seria também uma forma de gerar emprego e renda em regiões pobres e distantes dos grandes centros. Já a oferta dos campos terrestres de nova fronteira, localizados na bacia de Tucano Sul (Bahia), tem o objetivo de aumentar o conhecimento geológico sobre a área.

No mar, as áreas que irão a leilão, além das 35 de alto potencial, estão distribuídas entre as bacias de Barreirinhas (Maranhão), Espírito Santo, Pará-Maranhão, Pelotas e Santos. Desde 1999, quando começou a fazer licitações de áreas para explorar petróleo e gás, a ANP já arrecadou R$ 3 bilhões em bônus de assinatura.

A Petrobras informou, na noite de ontem, que os dois primeiros poços perfurados no campo de Manati, na Bahia, apresentaram juntos vazão de 1,8 milhão de m³de gás natural. O projeto é operado pela estatal em consórcio com Queiroz Galvão e Rio das Contas (do grupo Norse Energy).