Título: Saldo comercial pode atingir US$ 45 bilhões , prevê Furlan
Autor: Rocha, Janes e Landim, Raquel
Fonte: Valor Econômico, 12/09/2006, Brasil, p. A4

Apesar do crescimento das importações, o superávit da balança comercial deve ficar entre US$ 44 bilhões e US$ 45 bilhões neste ano, acima da projeção apresentada pelo governo em janeiro, de US$ 42 bilhões. Quem afirma é o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan.

Segundo o ministro, o superávit referente a julho e agosto e os resultados parciais de setembro levam o governo a acreditar que a projeção inicial será superada. Este mês, as exportações têm se mantido em uma média diária de US$ 600 milhões, informou Furlan, que prevê que as vendas externas ultrapassem US$ 90 bilhões este ano.

Se a balança alcançar o teto das previsões do ministro, o superávit do ano vai superar o de 2005 (US$ 44,764 bilhões) e bater recorde pelo quarto ano consecutivo. "A expectativa é de que o superávit vai se aproximar do número do ano passado", disse Furlan.

O mercado, no entanto, ainda avalia que neste ano o superávit não conseguirá bater novo recorde. A previsão média, segundo o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central a partir de consultas a mais de cem instituições financeiras, é de que o saldo fique em US$ 42,8 bilhões.

A balança comercial acumula neste ano, até 10 de setembro, saldo positivo de US$ 30,449 bilhões. As exportações do período ficaram em US$ 91,174 bilhões e as importações, US$ 60,725 bilhões. No período, a média diária de vendas ao exterior é de US$ 527 milhões e a de compras, de US$ 351 milhões. Nas duas primeiras semanas deste mês, o superávit foi de US$ 821 milhões, com vendas externas de US$ 3,010 bilhões e compras de US$ 2,189 bilhões.

Após participar da abertura do 1º Congresso e Feira de Negócios do Varejo, no Centro de Exposições Imigrantes, ontem em São Paulo, Furlan ressaltou que acredita no crescimento de 4% para o PIB neste ano. "O terceiro trimestre vai mostrar uma retomada do vigor do crescimento e, a partir daí, nós poderemos ter um prognóstico mais preciso do PIB de 2006". (Agências noticiosas)