Título: Produção industrial cresce em nove regiões
Autor: Izaguirre, Mônica
Fonte: Valor Econômico, 13/09/2006, Brasil, p. A5

A produção industrial subiu em julho em 9 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em relação ao mês anterior. No sétimo mês deste ano frente a mesmo período de 2005, o indicador mostra acréscimo na produção da indústria de 10 das 14 regiões avaliadas.

Em julho, a produção nacional evoluiu a uma taxa média de 0,6% ante o mês anterior. O destaque ficou com o Amazonas, que verificou acréscimo de 3,3%, invertendo a direção registrada em junho, de queda de 5,2%. Mesmo com o avanço, o Estado ainda acumula queda de 2,5% no ano.

O Ceará apresentou a segunda maior alta: 2,2%. No confronto com julho de 2005, a indústria cearense avançou 13,1%, com seis das dez atividades industriais mostrando expansão. Os impactos positivos mais significativos vieram do setor têxtil (21,8%) e de alimentos e bebidas (13,1%) .

O Estado de São Paulo, o parque fabril de maior peso no país, que responde por 40% da indústria do país, verificou incremento de 1,5% na série com ajustamento sazonal, após encolher 2,1% no sexto mês de 2006, graças ao desempenho da indústria de automotores e de alimentos.

Com desempenho abaixo da média nacional (0,6%), aparecem Santa Catarina, Paraná e Bahia, que verificaram decréscimo de 0,7%, 1,2% e 1,6%, respectivamente. Tanto Pernambuco como Espírito Santo viram baixa de 1% na passagem de junho para julho, conforme os dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Regional do IBGE.

Quando o foco recai na produção industrial física de julho, no confronto com período equivalente do calendário passado, observa-se progresso em 10 das 14 regiões estudadas pelo IBGE, com destaque para os Estados do Pará (22,8%), Espírito Santo (18,5%) e Ceará (13,1%). As exceções são Rio Grande do Sul (-2,5%), Bahia (-1,7%), Amazonas (-1,7%) e Paraná (-1%).

Nesta base, o relatório do IBGE chama a atenção para a situação de São Paulo e Rio de Janeiro, que anotaram incremento de 5% e 4,8% na produção de suas fábricas e acabaram acima da média nacional (3,2%).

No acumulado do ano, também 10 dos 14 locais pesquisados registraram índices positivos, sobressaindo-se o Pará, com elevação de 14,8% na produção em razão do desempenho da indústria extrativa (minério de ferro) e da metalurgia básica (óxido de alumínio). O IBGE viu ainda comportamento favorável da atividade industrial nos Estados do Espírito Santo (6,6%), Bahia (4,8%), Minas Gerais (4,2%) e Rio de Janeiro (3,5%).

Em compensação, as indústrias nos Estados da região Sul apuraram desempenho negativo: Rio Grande do Sul (-3,7%), Paraná (-3,3%) e Santa Catarina (-0,4%). No Amazonas, houve baixa de 2,5%, decorrente da recente queda na produção de telefones celulares. (Agências noticiosas)