Título: Prêmios crescem 18,5% e vão a R$ 32,9 bi
Autor: Silva Júnior, Altamiro
Fonte: Valor Econômico, 15/09/2006, Finanças, p. C4

As seguradoras registraram prêmios de R$ 32,9 bilhões nos primeiros sete meses do ano, um aumento de 18,5% quando comparado com igual período de 2005. Já as indenizações pagas pelo setor subiram 10,3% e somaram R$ 14,6 bilhões, mostra um balanço da Fenaseg (a federação das seguradoras) com base em números da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Entre os diversos tipos de seguros, o que mais arrecadou prêmios foi o ramo vida, que ganhou recentemente novas regras da Susep. A expansão foi de 28,6%, com prêmios de R$ 11,9 bilhões (incluindo o VGBL) - 36,3% do faturamento do setor.

Em seguida, aparecem os automóveis, com R$ 7,7 bilhões, valor 14,3% maior que em igual período de 2005. A expectativa é que o setor tenha desempenho mais robusto este ano, puxado pelo aumento das vendas de carros. Em agosto, por exemplo, foram vendidos 178,5 mil carros, segunda melhor marca histórica na série estatística da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), atrás apenas dos números de dezembro de 2005.

Poucas seguradoras, porém, são responsáveis por boa parte destes números. Segundo levantamento do consultor, Luiz Roberto Castiglione, apenas oito seguradoras - Bradesco, Itaú, Unibanco AIG, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, HSBC, Santander e Cosesp - foram responsáveis por 87% do lucro do setor no primeiro semestre e 62% das vendas totais. "Continuamos com um mercado concentrado no canal bancário", destaca.

Francisco Galiza, da empresa Rating de Seguros, avalia que as receitas do setor podem ultrapassar os R$ 70 bilhões este ano. Os resultados das seguradoras também devem melhorar: 14% delas devem ter prejuízo, frente a 18% em 2005 e 28% em 2004.

Considerando todos os segmentos (seguros, previdência e capitalização), o faturamento soma R$ 40,9 bilhões, expansão de 13,8% em relação ao período de janeiro a julho de 2005.

A capitalização cresceu 2,7%, para R$ 4 bilhões. Na avaliação de Rita Batista, responsável pelo setor na Fenaseg, os títulos de capitalização têm um comportamento sazonal e costumam ter melhor desempenho no segundo semestre.