Título: Indústria de móveis de SC usa ajuda para reduzir custo
Autor: Watanabe, Marta e Bueno, Sergio
Fonte: Valor Econômico, 15/09/2006, Brasil, p. A4

Sete empresas do setor moveleiro e de madeira de Santa Catarina se cadastraram para ter direito ao benefício da chamada "MP do Bem". Artefama, Móveis Weihermann, ambas do pólo moveleiro de São Bento do Sul, e a Rosina Portas, indústria de médio porte de Rio dos Cedros, no Vale do Itajaí , são exemplos de empresas que conseguiram o benefício. Todas são fortemente exportadoras, e há meses tentam enxugar custos de produção para fazer frente ao câmbio menos competitivo.

Na Rosina Portas, a medida permitiu a importação de um maquinário da Alemanha a preços mais competitivos. Jorge Stolf, presidente da empresa, diz que o benefício foi o mínimo que o governo podia fazer pelos exportadores, que no passado conseguiam importar máquinas sem impostos. Stolf diz que embora a medida tenha ajudado, não é suficiente. "O fato é que os 10% que consegui de economia na compra do maquinário com a isenção de imposto, gastei na armazenagem no porto.

A Rosina fabrica somente portas e toda a produção vai para o mercado internacional. O mercado americano é o principal, respondendo por 60% das compras. Stolf diz que estuda novas importações de equipamentos, dessa vez de Taiwan, onde conseguiu preços melhores, para substituir as máquinas nacionais.

"Estamos encontrando preços iguais ao do equipamento nacional lá fora, e são equipamentos com mais tecnologia", diz. Segundo ele, a economia com a isenção de impostos ajuda, mas não é a único fator a incentivar a empresa a expandir produção.

A Rosina está negociando os custos de matéria-prima em dólar, mesmo quando comprada no Brasil. Os fornecedores nacionais estão balizando as cotações com as de outros concorrentes para não perder clientes, explica Stolf. A empresa espera para este ano crescimento de 30% no faturamento.