Título: Serra mantém liderança, mas Mercadante sobe 5 pontos
Autor: Agostine, Cristiane
Fonte: Valor Econômico, 15/09/2006, Política, p. A9

Pesquisa Ibope divulgada ontem pelo "SP TV" mostra que o ex-prefeito José Serra (PSDB) se mantém à frente na disputa pelo governo de São Paulo, com 47% das intenções de voto - no levantamento anterior, ele tinha 46%.

O candidato do PT ao governo de São Paulo, o senador Aloizio Mercadante, aparece em seguida, com 23% das intenções de voto - ele tinha 18% no levantamento anterior. O pemedebista Orestes Quércia aparece em seguida, com 9% das intenções de voto. Na pesquisa anterior, Quércia tinha 8% das intenções de voto. O candidato do PDT, Carlos Apolinário, tem 2%. Os candidatos Plínio de Arruda Sampaio (P-SOL), Cunha Lima (PSDC) tiveram 1%.

O levantamento foi feito entre segunda-feira e ontem. A margem de erro é dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Ontem, Serra minimizou a denúncia publicada pelo jornal "Correio Braziliense" sobre suposta participação no esquema da compra superfaturada das ambulâncias investigada pela CPI dos Sanguessugas. Segundo ele, denúncias como essa serão comuns nesta reta final da campanha eleitoral. "Nós estamos agora na reta final da campanha e este tipo de denúncia ainda vai surgir muito", disse o tucano.

De acordo com a reportagem, o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Barjas Negri, Serra - que substituiu Serra quando ele deixou o cargo para disputar a Presidência - teria determinado em dezembro de 2001 ao Fundo Nacional de Saúde "empenho e elaboração do convênio" para uma emenda no valor de R$ 88 mil que beneficiava o município de Nossa Senhora do Livramento (MT). Essa ambulância foi fornecida por duas empresas de fachada do grupo Planam, acusada de liderar o esquema sanguessuga.

Serra minimizou a denúncia. "É uma questão burocrática, puramente burocrática, não tem nada de mais", disse Serra, durante evento de campanha hoje na Vila Natal, zona sul de São Paulo.

Já o petista Aloizio Mercadante evitou polemizar a nova denúncia. "Eu ainda não li essa matéria, mas vamos analisar se há indícios. Tudo tem de ser apurado com muita transparência. Acho que ninguém pode ser perseguido nem pode ser protegido".