Título: Desemprego na região metropolitana de São Paulo cai para 16% em agosto
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Fonte: Valor Econômico, 27/09/2006, Brasil, p. A5

A taxa de desemprego da região metropolitana de São Paulo caiu entre julho e agosto. A queda foi de 16,7% para 16% da População Economicamente Ativa (PEA), segundo pesquisa da Fundação Seade-Dieese divulgada ontem. Já o rendimento médio subiu 5,1% em julho. Em agosto, 67 mil vagas foram criadas e 4 mil pessoas deixaram o mercado de trabalho. O contingente de desempregados caiu de 1,680 milhão de pessoas para 1,609 milhão entre julho e agosto. Na região, há outros 8,4 milhões de ocupados.

A redução do desemprego, segundo as entidades, foi causada pelo aumento da ocupação. O setor de serviços gerou 45 mil vagas e o chamado "outros setores" - que inclui construção civil e serviços domésticos - criou 33 mil postos. Já a indústria e o comércio apresentaram estabilidade na geração de emprego.

Nos três primeiros meses deste ano, o mercado seguiu uma curva comum para o período, com alta no desemprego, que passou de 15,7% em janeiro para 16,3% em fevereiro e para 16,9% em março. Em abril, o índice ficou estável em 16,9% porque, de acordo com o Dieese, o número de pessoas que passou a procurar emprego foi bem inferior ao do mesmo mês em anos anteriores.

Em maio, a estabilidade em 17% também foi motivada pela queda na procura e, em junho, a taxa caiu para 16,8%, o que não foi comemorado porque o efeito também foi provocado pela queda na procura. Em julho, a taxa ficou estável em 16,7%.

A taxa de desemprego total diminuiu para a maioria dos grupos analisados, com mais intensidade para os de maior participação no mercado de trabalho: chefes de domicílio, pessoas de 25 a 39 anos e homens, além das pessoas com ensino fundamental completo e médio incompleto. As taxas de desemprego de homens, chefes de domicílio e das pessoas com mais de 40 anos retornaram a níveis de dez anos atrás.

O tempo médio de procura por trabalho pelos desempregados permaneceu inalterado, em agosto, pelo segundo mês consecutivo. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve redução de seis semanas. A taxa de desemprego diminuiu na capital, de 15,2% em julho para 14,4% em agosto e nos demais municípios da região metropolitana caiu de 18,6% para 18,1%. No ABC, caiu de 15,4% em julho para 14,8% em agosto.

A renda média do trabalhador ocupado subiu 5,1% em julho em relação a junho, passando de R$ 1.066 para R$ 1.083. Os dados de renda têm um mês de defasagem em relação aos do emprego. Este é o terceiro mês no ano em que a renda do trabalhador não registra queda.

O rendimento médio dos assalariados do setor privado aumentou 5,6% em julho, reflexo do comportamento positivo dos salários na indústria (6,2%), nos serviços (5,6%) e no comércio (2,1%). Em relação a julho do ano passado, o salário médio do setor privado teve elevação de 2,4%. (Agências noticiosas)