Título: Reeleição de Hartung deve ser confirmada no domingo
Autor: Durão, Vera Saavedra
Fonte: Valor Econômico, 29/09/2006, Política, p. A13

A corrida para o governo do Espírito Santo parece praticamente decidida no primeiro turno. O candidato à reeleição, Paulo Hartung (PMDB), tem 71,2% da preferência dos eleitores, contra 19,5% de seu adversário Sérgio Vidigal (PDT), conforme pesquisa do dia 25 de setembro, feita pelo Instituto Futura, de Vitória. Pesquisa do Ibope, divulgada em 11 de setembro, dava 69% para Hartung, contra 14% de Vidigal. A coligação de partidos formada por PMDB, PSDB, PFL e PTB sustentam a candidatura de Hartung, mas informalmente o candidato conta também com a simpatia do PT e PSB.

A disputa pelo Senado, entre Max Mauro (PDT) e Renato Casagrande (PMDB) está mais acirrada. Casagrande vem avançando e já tem uma diferença de mais de 13,2 pontos percentuais, segundo levantamento do Instituto Futura. Na última pesquisa do Ibope, a disputa entre os dois candidatos estava polarizada, pois têm o perfil muito parecido. Na época, em 11 de setembro, o resultado da pesquisa não permitia ainda apontar um favorito. Na ocasião, Casagrande tinha uma vantagem de apenas seis pontos percentuais, no limite da margem de erro (três pontos).

Na avaliação de interlocutores próximos ao governador, ele não só vai se reeleger como conseguirá fazer uma bancada federal "que lhe permitirá ter muito mais força na política nacional do que teve até agora". Essa fonte aposta na vitória de Casagrande para o Senado, o que daria a Hartung dois senadores - Casagrande e Gerson Camata (PMDB) - e mais seis dos dez candidatos a deputado federal pelo Estado.

Na lista de candidatos a deputado federal, Hartung já tem como certa a vitória de Rita Camata (PMDB), primeira na lista dos possíveis mais votados, e Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB). Tem ainda a expectativa de ter como vencedores na eleição Lelo Coimbra (PMDB), seu atual vice-governador, Rose de Freitas (PMDB) e Camilo Cola (PMDB).

A expectativa é que Paulo Hartung também tenha maioria, na Assembléia Legislativa, ao contrário do que aconteceu em seu primeiro mandato, quando teve que administrar um equilíbrio precário de forças no plenário. Isto, porque, logo que assumiu o cargo, o líder da assembléia capixaba era José Carlos Gratz, então no PFL, que dominava a política local, mas acabou sendo preso, acusado de liderar a corrupção no Legislativo capixaba. Atualmente, Gratz voltou a Vitória e está livre, mas fora da política.