Título: Prévias da Vale agradam mercado
Autor: Rosas , Rafael
Fonte: Valor Econômico, 20/07/2012, Empresas, p. B7

Analistas consideraram positivos os dados de produção divulgados na quarta-feira pela Vale. A mineradora fechou o segundo trimestre com produção de 80,5 milhões de toneladas de minério de ferro, uma alta de 0,4% em relação ao período abril-junho de 2011.

O volume produzido, recorde para um segundo trimestre, recuperou em parte as perdas do primeiro trimestre, quando as operações no Brasil foram duramente afetadas pelas chuvas.

Houve recorde também na produção de pelotas e aumento no volume extraído de carvão. Na área de níquel, mesmo com problemas nas operações de Sudbury, Onça Puma e Nova Caledônia, houve alta de 8,4% em comparação com o segundo trimestre de 2011.

Para Pedro Galdi, analista da corretora SLW, a produção da Vale no segundo trimestre veio acima do que o mercado esperava. "Estimamos que a Vale tenha vendido 62 milhões de toneladas de minério de ferro [no segundo trimestre]", disse Galdi.

Segundo o analista, a expectativa é que a mineradora continue aumentando a produção, apesar de ponderar que a crise econômica atrapalha o desenvolvimento dos negócios. "A Vale investe US$ 20 bilhões por ano em expansão", afirmou Galdi. "É claro que a crise econômica atrapalha, mas os investimentos estão sendo feitos para ampliar as atividades", completou.

Galdi destacou que a China, maior compradora dos produtos da Vale, tem crescimento econômico menor, em função da crise econômica, mas continua com sua economia avançando a ritmo alto.

O Barclays ressaltou, em seu relatório, que a produção da companhia, sem considerar a Samarco, cresceu para 77,8 milhões de toneladas, uma alta de 15% frente ao primeiro trimestre, com destaque para Carajás, onde houve alta de 26%. "Estamos positivamente impressionados com a recuperação da produção em Carajás, que entrega o minério da Vale com maior qualidade e com o menor custo", diz o relatório do Barclays.

Para a corretora Ativa, o aumento de produção da Vale - de todas as commodities e não apenas do minério de ferro - deverá ser "o principal impulso para a melhora dos resultados" no segundo trimestre.