Título: Preço do petróleo sobe e fecha acima dos US$ 52
Autor: Valor Online
Fonte: Valor Econômico, 15/01/2007, Empresas, p. B5

Após uma queda acumulada de 15% nas duas semanas iniciais de 2007 até quinta-feira passada, na sexta-feira o preço do barril de petróleo passou por um ajuste e fechou com valorização de mais de US$ 1. A avaliação dos agentes é de que houve um exagero na baixa verificada na semana passada, sobretudo após a divulgação do relatório de estoques dos Estados Unidos, na quarta-feira, que apontou novo incremento em destilados e gasolina. Na quinta-feira, o preço voltou a apresentar forte queda. Assim, entendem os analistas, seria natural uma correção das cotações no último dia da semana.

O contrato de WTI negociado para o mês de fevereiro aumentou US$ 1,11, para US$ 52,99. O vencimento de março fechou a US$ 53,87, com alta de US$ 1,03. Em Londres, o barril de Brent para o próximo mês subiu US$ 1,25, para US$ 52,95. O contrato para março encerrou cotado a US$ 53,44, com valorização de 97 centavos de dólar ante o pregão de quinta-feira.

Os analistas ponderam ainda que com o patamar tão baixo dos preços, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) poderia vir a se reunir em encontro extraordinário, para determinar novas medidas de corte que contenham a queda livre dos preços. Na quinta-feira, o ministro do Petróleo dos Emirados Árabes, Mohamed al-Hamli, chegou a classificar de "inaceitável" uma cotação da commodity abaixo de US$ 53 por barril.

Rumores de que o cartel, responsável por 40% da produção total de petróleo do mundo, poderia, inclusive, se reunir no fim de semana para discutir o problema deram suporte para o movimento de compra dos contratos da commodity. O grupo já planeja adotar um corte adicional de 500 mil barris diários a partir do dia 1º de fevereiro. Os comentários no mercado, entretanto, apontam para a possibilidade de o cartel ampliar essa redução. Outro corte, de 1,1 milhão de barris/dia, foi aplicado a partir de 1º de novembro passado.

Vale destacar ainda que a tendência de desvalorização do produto vem se acentuando devido ao clima ameno neste inverno no Nordeste dos Estados Unidos, umas das regiões que mais usa óleo de calefação para se aquecer nesta temporada. Sem o frio esperado para esta época do ano, os estoques americanos começaram a se ampliar, levando os preços ao patamar que se encontra agora. (Com agências internacionais)