Título: Para distribuidoras, margem oscila entre 4% e 5%
Autor: Bittencourt , Angela
Fonte: Valor Econômico, 13/08/2012, Brasil, p. A3

O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) sustenta que a margem das distribuidoras por litro de gasolina vendida ao consumidor corresponde a algo entre 4% e 5% do preço do total e não a 30% como afirmado em post publicado no blog "Casa das Caldeiras" e em análise publicada na edição do dia 10 de agosto do Valor, a respeito do peso da distribuição na estrutura de custo dos combustíveis no Brasil.

De acordo com uma fonte oficial, a estrutura de custo da comercialização de combustíveis é mais uma que o governo estaria mapeando - entre outras de insumos importantes para a produção industrial - com o objetivo de dar uma injeção de competitividade às empresas brasileiras.

O presidente-executivo do Sindicom, Alísio Mendes Vaz, detalhou a composição do preço da gasolina no preço de venda ao consumidor (na bomba). Segundo os dados do Sindicom, a participação da distribuição e do frete no preço de venda ao consumidor fica em torno de 4,38% no preço no Rio de Janeiro e de 5,21% em São Paulo. Essas margens levam em conta a gasolina a R$ 2,6095 por litro na bomba em São Paulo e a R$ 2,8531, no Rio de Janeiro.

O peso dos tributos no custo dos combustíveis é significativo, mostram os dados fornecidos pelo Sindicom. O PIS/Cofins e o ICMS respondem por mais de um terço do preço da gasolina na bomba. Em São Paulo, a cada litro vendido a R$ 2,6095, esses impostos arrastam R$ 0,8602 ou 32,9% do total para o governo, a maior parte para o caixa estadual. No Rio, a cada litro vendido a R$ 2,8531, os mesmos tributos abocanham R$ 1,1237 ou 39,38%.

O Sindicom baseou os cálculos enviados ao Valor em valores pesquisados nas bombas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) na primeira semana de agosto com o preço do etanol anidro conforme a Esalq e o preço da gasolina referente às refinarias da Petrobras em Caixas e São Caetano.