Título: Em nota, direção da Petrobras nega acusações feitas por ACM
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Fonte: Valor Econômico, 05/10/2006, Política, p. A9

A Petrobras divulgou nota na tarde de ontem refutando as acusações feitas à direção da estatal pelo senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), em discurso ao plenário do Senado, na terça-feira, sobre os resultados das eleições de domingo. De acordo com o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, as declarações do senador pefelista são o "delírio de um tirano ultrapassado".

ACM afirmou que uma das razões da derrota de seus candidatos na Bahia - o governador Paulo Souto, que postulava a reeleição, e o senador Rodolfo Tourinho, que tentava continuar no Senado - foi o dinheiro gasto pelo governo federal na campanha baiana: "Jogando muito dinheiro do governo? Sim. Dinheiro da Petrobras? Sim. Dinheiro dos ladrões que o cercam? Sim". ACM também pediu uma CPI para investigar o orçamento da estatal: "É a oportunidade para se provar a ladroagem na maior empresa do Brasil".

Gabrielli lamentou que, mais uma vez, o senador tenha repetido uma prática "comum a ele e a seu grupo político: acusações sem provas, irresponsáveis, feitas com grande estardalhaço sem qualquer compromisso com a verdade".

Segundo a nota, "a Petrobras investe muito em todo o país e, como não poderia deixar de ser, investe também na Bahia. Investe na capacidade produtiva, na atividade de refino, em numerosos projetos de responsabilidade social".

E prossegue: "Em julho último, a Petrobras assinou com o governador Paulo Souto, do PFL, convênio no valor de R$ 34 milhões, para recuperação de estradas estaduais". A direção da estatal encerra lembrando que a Bahia abriga o maior pólo petroquímico e a segunda maior refinaria do país.