Título: Com duas disputas estaduais no 2º turno, PDT une-se a Alckmin para derrotar petista
Autor: Santos, Chico e Agostine, Cristiane
Fonte: Valor Econômico, 10/10/2006, Política, p. A6

O PDT decidiu recomendar o voto no candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. A decisão, que será formalizada na segunda-feira, já foi tomada e segue recomendação da Executiva Nacional do partido. Dos 27 Estados, 23 rejeitaram apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e indicaram voto no tucano.

O vice-presidente do partido, deputado Severiano Alves (BA), adiantou que não se trata de apoio à candidatura de Alckmin, mas de união de esforços para derrotar o presidente Lula. "Não é apoio, é indicação de voto. Quem não quiser, não vota (no tucano)", disse. Severiano justificou que tanto o projeto de Lula quanto o de Alckmin estão distantes do que prega o PDT. Neste caso, "nossa união com Alckmin é para derrotar o PT".

Pelo menos em dois Estados, no entanto, o PDT irá apoiar Lula. No Piauí e em Goiás, o diretório recebeu autorização para subir no palanque do petista. No Maranhão e em Pernambuco, o PDT ficará neutro. Nos demais Estados, estará com Alckmin.

A definição da Executiva do PDT deve ser referendada pelo Diretório Nacional do partido na segunda-feira, quando o presidente da legenda, Carlos Lupi, irá anunciar a decisão oficialmente. Severiano Alves disse que dificilmente o PDT mudará de posição até lá. "Nenhum diretório vai na contramão da executiva", disse.

O principal cabo eleitoral do PDT é o senador Cristovam Buarque, que encerrou a disputa presidencial com 2,64% dos votos. Cristovam já disse que vai acompanhar a decisão de seu partido. No segundo turno, o PDT disputa os governos do Maranhão, com Jackson Lago, e do Paraná, com Osmar Dias.