Título: EUA cadastram empresas que poluem menos
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Fonte: Valor Econômico, 22/03/2007, Internacional, p. A15

Trinta e três Estados dos EUA concordaram em criar um cadastro para que empresas e organizações registrem suas medidas para cortar a emissão de gases ligados ao aquecimento global e, possivelmente, obter crédito por elas se limitações futuras nas emissões forem aprovadas.

O Cadastro do Clima pode se transformar num cadastro nacional e talvez ajude a pressionar o governo federal dos EUA a regulamentar a emissão de gases-estufa, disseram as fontes.

Os EUA, principal emissor de gases-estufa do mundo, não tem leis nacionais para regulamentar a área. Mas muitas empresas que já cortaram as emissões - principalmente multinacionais que têm de reduzir as emissões para cumprir a lei em outros países - querem registrar suas medidas oficialmente.

A organização ainda é uma entidade abstrata, com um único funcionário, disseram autoridades que participaram da conferência anual do Cadastro de Ações sobre o Clima, baseado na Califórnia (Costa Oeste).

O cadastro californiano será a "espinha dorsal" do trabalho inicial do Cadastro do Clima, disse Joel Levin, vice-presidente de desenvolvimento. O cadastro da Califórnia é uma entidade sem fins lucrativos que possui 242 membros, entre eles empresas como a Shell e a Xerox.

Na semana passada, uma comissão diretora mandou convites para que os 50 Estados dos Estados Unidos participem da reunião de fundação da entidade, marcada para o dia 23 de maio em Chicago, onde está baseada uma das mais importantes Bolsas de Crédito de Carbono do mundo.

No vizinho Canadá, a Bolsa de Montreal está listando as empresas canadenses para oferecer bônus de carbono. A proposta de montar uma bolsa de créditos como a de Chicago, entretanto, está suspensa por causa dos limites máximos impostos pelo governo para a emissão de gases poluentes. Atualmente existem apenas quatro mercados internacionais de carbono, mas apenas o da União Européia já está plenamente desenvolvido.