Título: Cachaça Leblon, engarrafada na França, é concorrente agressivo
Autor: D'Ambrosio, Daniela
Fonte: Valor Econômico, 20/03/2007, Empresas, p. B6

As portas do mercado americano já começaram a ser abertas para a cachaça premium antes da chegada da Sagatiba. A marca de Marcos de Moraes já chega com um concorrente: a Cachaça Leblon, lançada no início de 2006 com uma estratégia bem parecida.

O marketing da Leblon é agressivo. A marca já foi tema de artigos de vários jornais e revistas nos EUA, inclusive em uma nota no "The Wall Street Journal". "Leblon é como a champanhe das cachaças", diz o bartender do Moma, Junior Merino, em uma das publicações. "Não desce pesado como as outras cachaças", diz outro veículo. A Leblon também patrocinou festas ligadas à moda em Nova York.

O mais curioso é que o negócio foi criado por um americano, o executivo Steve Luttman, da divisão de vinhos e Spirits do grupo de luxo LVMH. A cachaça é produzida em Minas Gerais, onde é destilada em alambiques, mas engarrafada na França para depois ser vendida no mercado americano, principalmente em Nova York.

O executivo e um grupo de sócios investiram US$ 2 milhões para criar a cachaça Leblon, que é vendida por US$ 30 a garrafa. E, em entrevistas, não esconde a intenção de vender o negócio mais tarde. Por enquanto, trabalha na divulgação da marca, que apesar do nome e de ser feita no Brasil, tem alma americana. O site na internet oferece receita de caipirinha, explicações sobre o produto e a possibilidade de copiar músicas brasileiras. (DD)