Título: CPFL descarta racionamento e prevê manutenção de desconto nas tarifas
Autor: Polito, Rodrigo; Bitencourt, Rafael
Fonte: Valor Econômico, 09/01/2013, Brasil, p. A4

O presidente do grupo CPFL Energia, Wilson Ferreira Júnior, afirmou ontem que o uso de termelétricas para compensar o baixo nível dos reservatórios "não anula definitivamente" a redução média de 20% do preço das tarifas de energia, prometida pelo governo para este ano. "O impacto será provisório, se houver", disse o executivo, após reunião com ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, para tratar da aquisição dos ativos do Grupo Rede.

Ferreira Júnior não vê risco de racionamento de energia em 2013 por causa do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas. "Não há risco, neste momento, de racionamento", disse. Segundo ele, a geração térmica atual, que vem compensando a baixa geração hidrelétrica, é quase quatro vezes maior do que a existente quando o país passou pelo último racionamento. "Temos que reconhecer que o sistema hoje é muito mais robusto do que no passado."

O presidente da CPFL considera que "não há razão para pânico neste momento", com todas as térmicas despachadas e o país entrando no período de chuvas, que se prolonga até abril. Ferreira Júnior lembrou que as usinas térmicas foram feitas exatamente para fazer frente aos períodos de baixo índice de chuvas. "Elas fazem a suplementação da geração", disse.

De acordo com o executivo, o governo federal, com todos os instrumentos que tem - e o principal deles são as térmicas - está promovendo o despacho de energia, para que não haja problemas de apagão ou racionamento. "Está funcionando exatamente como o previsto."