Título: Gigante canadense tem presença discreta no Brasil
Autor: Olmos, Marli
Fonte: Valor Econômico, 20/04/2007, Empresas, p. B7

A Magna é uma empresa pouco conhecida no Brasil, apesar de ter uma fábrica em Vinhedo (SP). Ali são feitos sistemas de levantadores de vidros e fechaduras para carros. A operação é pequena. Tem cerca de 300 funcionários.

Mas a atividade no Brasil contrasta com o gigantismo da empresa no mundo. A canadense é a terceira maior fabricante de autopeças do mundo. Passou à frente da americana Delphi e agora está atrás Bosch, a alemã que é líder, e da japonesa Denso, fabricante de equipamento de ar-condicionado.

A Magna é dona de um faturamento anual de US$ 24 bilhões e conta com 85 mil funcionários. Somente nos Estados Unidos tem 50 fábricas que produzem uma das mais variadas linhas de produtos automotivos do mundo, incluindo sistemas de transmissão, de combustível, módulos de painel e de acabamento de interiores.

Apesar do tamanho, a Magna mantém uma postura discreta, principalmente em relação à mídia. Trata-se de um estilo do presidente do conselho de administração da companhia, o canadense Frank Stronach, fundador da empresa. Foi pensando no crescimento da empresa que Stonach levou para a empresa um "novo cérebro" como ele mesmo disse na nota divulgada na contratação de Hogan.

Já a trajetória da Chrysler no Brasil não foi tão discreta. A montadora americana chegou ao país em 1967, quando adquiriu o controle acionário da francesa Simca, uma das primeiras montadoras a se instalar no Brasil. Inicialmente, manteve a fabricação dos Simca Esplanada e Regente, mas logo depois passar a fabricar seus próprios modelo, sob a marca Dodge.

Antes que a Chrysler do Brasil lançasse no mercado os Esplanada e Regente modelo 68, o governo brasileiro já tinha aprovado o investimento de US$ 50,2 milhões para a produção de caminhões Dodge e o início do projeto de desenvolvimento e fabricação dos automóveis Dodge Dart.

Os novos modelos foram lançados em outubro de 1969, em substituição aos Esplanada, Regente e GTX. Depois do lançamento do Dart Sedan, eleito o "Carro do Ano" pela revista Auto Esporte em janeiro de 1970, a Chrysler ampliou sua linha de produção, procurando melhorar cada vez mais o Dodge.

Em 1971, a razão social foi mudada em virtude da absorção de ações restantes nas mãos de terceiros, passando a chamar-se Chrysler Corporation do Brasil. No início dos anos 80, a Chrysler foi comprada pela Volkswagen, que passou a produzir seus caminhões nos Estados Unidos e manteve por pouco tempo a produção dos veículos Dodge. (MO)