Título: Produção industrial cai na metade dos locais pesquisados pelo IBGE
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 13/03/2007, Brasil, p. A5

A produção industrial recuou em janeiro em sete dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comparativamente a dezembro de 2006, na série livre de influências sazonais. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal-Produção Física Regional, divulgados ontem. Em relação a janeiro de 2006 houve expansão generalizada, com exceção do Ceará, que apresentou recuo de 5,4% devido ao impacto negativo proveniente do setor de refino de petróleo e produção de álcool, afetado por paralisação técnica em uma grande empresa da área.

Na comparação janeiro de 2007 com dezembro de 2006, o decréscimo na produção das sete localidades foi inferior à média nacional (menos 0,3%). Em São Paulo, parque industrial de maior peso, foi anotado recuo de 1%, o mesmo visto pelo Rio Grande do Sul. Em Minas Gerais, a baixa foi de 0,9%. Também registraram perdas Pernambuco (-1,5%), Espírito Santo (-2,7%), Paraná (-3,4%) e Ceará (-3,5%).

Em contrapartida, os destaques de alta na produção couberam às indústrias na Bahia (10,8%) e no Amazonas (9,4%). Em ambos casos, houve inversão da tendência apurada no mês final do ano passado, de retração.

Ao considerar o confronto de janeiro deste ano com mês equivalente de 2006, vale salientar o crescimento da produção industrial acima da média nacional, de 4,5%, de Goiás (18,4%), apoiado tanto no incremento da indústria extrativa (233,2%) como no da indústria de transformação (13,1%), e do Pará (10,6%), que marcou a 18ª taxa positiva consecutiva. No Amazonas, a indústria viu expansão de 8,4%, e, na Bahia, teve acréscimo de 6,3%. Em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, houve elevação de 6,2% nos dois.

Ainda verificaram aumento maior do que a taxa total do país Pernambuco (5,1%), região Nordeste (5%) e Espírito Santo (4,7%). Com resultado positivo, mas inferior ao crescimento brasileiro, apareceram Paraná (3,2%), São Paulo (3,1%), Santa Catarina (2,3%) e Rio de Janeiro (2,1%).