Título: Inflação da baixa renda sobe 0,98% em janeiro
Autor: Machado , Tainara
Fonte: Valor Econômico, 07/02/2013, Brasil, p. A2

Aumentos nos preços de alimentos in natura, cigarros, mensalidades escolares e tarifas de ônibus no país levaram ao fortalecimento da inflação percebida pelas famílias de baixa renda, apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), segundo André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

De dezembro para janeiro, o indicador que mede o impacto da evolução de preços em famílias com renda até 2,5 salários mínimos mensais registrou aceleração de 0,76% para 0,98%.

Os preços que mais subiram foram hortaliças e legumes (3,53% para 21,29%); cigarros (3,18% para 9,79%); cursos formais (de estabilidade para 8,91%) e tarifa de ônibus urbano (0,07% para 0,85%).

O índice poderia ter subido ainda mais, não fosse o impacto favorável do reajuste na tarifa de eletricidade residencial - que mostrou queda de 5,24% em janeiro. "A tarifa de energia elétrica representa 4,5% do orçamento das famílias de menor renda. É muito importante nas despesas", afirmou Braz.

Para fevereiro, o especialista aguarda forte desaceleração na taxa do IPC-C1 ante janeiro, porque o auge do impacto do reajuste na tarifa de energia elétrica ocorrerá este mês, visto que o recuo de energia ocorreu no fim do primeiro mês do ano. "Esperamos taxa em torno de 0,20% para o indicador de fevereiro, ou até o abaixo disso", afirmou.