Título: Fundos de pensão somam R$ 382 bilhões em ativos
Autor: Travaglini, Fernando
Fonte: Valor Econômico, 10/05/2007, Finanças, p. C12

Os ativos dos fundos fechados de previdência complementar, os chamados fundos de pensão, chegaram a R$ 382,3 bilhões em fevereiro, de segundo dados da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). O valor equivale a 16,1% do PIB.

Nos dois primeiros meses, a rentabilidade estimada das entidades foi de 1,7%. Além disso, a rentabilidade dessas instituições nos últimos doze meses, até fevereiro, foi de 19%, ou 1,46% ao mês durante esse período. Nesse mesmo período, a remuneração obtida com renda variável foi de 28,3%, acima do Ibovespa médio nesse mesmo período (13,3%).

O presidente da Abrapp, Fernando Pimentel destacou a importância desse superávit, visto que em muitos casos as contribuições pagas são inferiores aos recursos destinados ao pagamento de benefícios. Neste início de ano, as aposentadorias e pensões pagas superaram R$ 2,6 bilhões, para mais 2,5 milhões de trabalhadores.

Ainda assim, Pimentel considera que as entidades de previdência complementar estão preparadas para enfrentar o envelhecimento da população brasileira. De acordo com as projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os brasileiros poderão viver, em média, até os 80 anos, já em 2030.

Segundo o executivo, os fundos tentam sempre casar os ativos com os passivos para atender essas necessidades. Além disso, todo ano é feita uma reavaliação atuarial, para buscar aderência com os resultados e eventuais correções de rumos. Pimentel destacou, também, a necessidade da escolha da tábua de idades mais adequada.

Otimista, a entidade acredita que a patrimônio administrado pelas fundações possa atingir R$ 600 bilhões já em 2.010. No ano passado, os fundos registraram crescimento patrimonial de 17%, fechando o ano com R$ 374,7 bilhões em ativos. Em 2006, a rentabilidade média estimada das carteiras havia sido de 23,6%, contra uma meta atuarial acumulada de 8,98%, com superávit superior a R$ 30 bilhões.