Título: Brasil eleva vendas da GM na região
Autor: Marli Olmos
Fonte: Valor Econômico, 12/01/2005, Empresas &, p. B5

O faturamento da General Motors na região que engloba América Latina, África do Sul e Oriente Médio cresceu 45,4% em 2004. A maior parte do avanço veio da expansão da operação no Brasil, que também representa a maior fatia dessa região, segundo a vice-presidente mundial da GM que comanda o bloco, Maureen Kempston Darkes. A GM obteve nessa região em 2004 receita de US$ 8 bilhões, ante um resultado de US$ 5,5 bilhões em 2003. Isso leva a uma participação de 5% desses países na receita global da companhia americana, a maior montadora do mundo. O crescimento foi impulsionado pelos principais mercados da América do Sul. No Brasil, a empresa obteve a liderança do mercado interno em 2004, com uma fatia de 23,1%. O Brasil foi o sexto maior país em vendas para a General Motors no ano passado. A região do Mercosul representou o quarto maior mercado para a montadora, que obteve os três melhores resultados em vendas nos Estados Unidos, China e Canadá, respectivamente. A companhia também avançou três pontos percentuais, com fatia de 16,7%, na Argentina, onde a Volkswagen é líder. A GM fechou na liderança também na Colômbia e na Venezuela, onde a indústria automobilística avançou 100% em 2004. A maior participação veio do Equador, com 45%. A montadora, que deve anunciar os resultados financeiros na próxima semana, não conseguiu, no entanto, lucro no Brasil em 2004. Segundo o presidente da filial brasileira, Ray Young, esta é a meta deste ano. A indicação positiva veio no fim do ano, quando a operação brasileira fechou o último trimestre com lucratividade, segundo os executivos, que não detalham os resultados financeiros no Brasil. "Mais importante do que ser líder é poder crescer; mas a liderança nos traz informações do grau de satisfação do consumidor e serve para traçar a estratégia para o lançamento de produtos", destaca Maureen. Segundo a executiva, as projeções da General Motors indicam que, somados, os mercados dessas regiões poderão crescer 35% num prazo de cinco anos. "Há um potencial grande para o aumento da demanda de automóveis no futuro próximo", diz Maureen. "No Oriente Médio, por exemplo, 60% dos habitantes têm menos de 25 anos", completa. (MO)