Título: Haddad minimiza crise na segurança paulista de 2012
Autor: Klein, Cristian
Fonte: Valor Econômico, 19/03/2013, Política, p. A8

Haddad, ao lado de Alckmin: "Estou no cargo desde 2 de janeiro e acho que vim mais aqui [no Palácio dos Bandeirantes] do que à casa da minha mãe neste ano"

Em cerimônia na qual assinou um novo convênio com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), no Palácio dos Bandeirantes, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que a crise na área de segurança no ano passado foi "um ponto fora da curva".

De partidos adversários, Haddad e Alckmin celebraram ontem o sexto convênio em cerca de 70 dias, desde que o petista assumiu a prefeitura da capital. Desta vez, a parceria tem como alvo o aumento de atribuições dos 3898 policiais militares que participam da Operação Delegada. Além da repressão ao comércio irregular, os PMs terão mais três funções: a fiscalização e prevenção de incêndios em casas noturnas, o programa de silêncio urbano e a proteção ao patrimônio da prefeitura. O trabalho é feito nos dias de folga dos PMs e o "bico" chega a aumentar em 50% os rendimentos dos policiais.

Sem efetivo para dar conta de todas as demandas, a prefeitura recorreu a partir de 2009, ainda na gestão Gilberto Kassab (PSD), ao patrulhamento feito pelas forças de segurança do Estado.

Haddad negou que a aproximação com o governador tucano atrapalhe o discurso do PT em 2014, quando provavelmente lançará um candidato contra a reeleição de Alckmin.

"Você tem 60 dias [durante a campanha eleitoral] para explorar as divergências entre os partidos e pro eleitor decidir que rumo tomar. Estou no cargo desde 2 de janeiro e acho que vim mais aqui [no Palácio dos Bandeirantes] do que à casa da minha mãe neste ano", respondeu Haddad ao Valor durante entrevista coletiva, ao lado de Alckmin.