Título: Zaraplast investirá US$ 52 mi em Minas
Autor: Chico Santos
Fonte: Valor Econômico, 13/01/2005, Empresas &, p. B1

O grupo paulista Zaraplast está investindo no Sul de Minas, em três novas fábricas de embalagens plásticas para indústrias de alimentos, higiene e limpeza, química e petroquímica. O grupo estima investir, no total, US$ 52 milhões. Em Varginha, ficará uma unidade para produzir monocamadas e filmes técnicos para embalagens. A expectativa da empresa é atingir um faturamento de US$ 54 milhões nesta fábrica. Em Pouso Alegre serão instaladas unidades em duas empresas coligadas do grupo, a ATP e a Isofilme. Na fábrica da ATP serão aplicados US$ 10 milhões para produzir sacolas plásticas para usos diversos, incluindo supermercados. Nesta unidade, a previsão é chegar a um faturamento anual de US$ 70 milhões a partir do segundo ano de operação. Na Isofilme, que fará tecidos de fios de filamentos sintéticos, serão gastos US$ 30 milhões. A meta é faturar US$ 54 milhões. A expectativa é de que as três novas fábricas representem a abertura de pelo menos 1,3 mil empregos diretos e outros 600 indiretos na região. Segundo a Zaraplast, o sul de Minas tem vantagens logísticas, que facilitarão o escoamento da produção para outros Estados, como os do Nordeste. Com 35 anos de atuação no mercado, o grupo já possui fábricas em São Paulo, Guarulhos e Montenegro (SP). A decisão de investir no Sul de Minas foi tomada em julho. O Estado de Minas deverá receber ainda outros R$ 10 milhões em investimentos das indústrias do setor de plásticos. Fabricantes de tubos e conexões de PVC locais comprometeram-se a expandir em troca de tratamento tributário flexível nas vendas interestaduais. O investimento deverá ser concretizado em até três anos. No Sul do país, depois de bater o recorde de produção em 2004, com 620 mil toneladas de polietilenos de baixa e alta densidade e polipropileno, 5% acima do ano anterior, a Ipiranga Petroquímica (IPQ) já programa investimentos para ampliar a capacidade em 2005 e 2006. O valor previsto é de $ 20 milhões e irão agregar até 50 mil toneladas adicionais de resinas termoplásticas por ano, disse ontem o diretor superintendente Paulo Magalhães. Esse produto é destinado como matéria-prima para a indústria transformadora. Conforme o executivo, até o terceiro trimestre será concluído o projeto de "desgargalamento" da produção de polipropileno, com aumento da capacidade instalada de 150 mil para 180 mil toneladas anuais, com custo de US$ 5 milhões e inclui o aumento do fornecimento de propeno pela Refinaria Alberto Pasqualini (Refap). Na linha de polietileno de alta densidade, com capacidade atual de 400 mil toneladas por ano, será instalada nova extrusora e feita melhoria de equipamentos existentes para obter maior flexibilidade de lançamento de produtos diferenciados. Com isso, vai agregar 20 mil toneladas. O investimento soma US$ 15 milhões. Os projetos da IPQ acompanham suas projeções de crescimento de 8% a 10% do mercado brasileiro de resinas em 2005, depois da alta de 10% a 12% no ano passado. Segundo o superintendente, a Ipiranga vendeu 20% a mais no país em 2004. Como conseqüência, as exportações, que absorvem cerca de 30% da produção, registraram queda de 40%.