Título: Governo pede mais vôos à África
Autor: Campassi, Roberta
Fonte: Valor Econômico, 29/05/2007, Empresas, p. B2

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ontem, durante reunião com os representantes das maiores companhias aéreas nacionais, que as empresas apresentem propostas até o dia seis de junho para incrementar o tráfego entre Brasil e África e entre o país e a América do Sul.

Após o encontro, o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, informou que a BRA estuda iniciar vôos para Marrocos e que a TAM mantém negociações para viabilizar um acordo de compartilhamento de vôos com a South African, aérea sul-africana que faz parte da Star Alliance e já opera vôos diários ao Brasil.

Já a OceanAir está se programando para iniciar vôos para Nigéria e Angola no início de setembro, antes que o prazo para a estréia das rotas termine.

Lula reuniu-se em São Paulo com os presidentes da TAM, Gol e BRA e um representante da OceanAir. Além de Zuanazzi, também compareceram ao encontro a ministra do Turismo, Marta Suplicy, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o ministro da Defesa, Waldir Pires.

Atualmente, nenhuma empresa brasileira voa para o continente africano. Segundo o executivo de uma das aéreas que não participou da reunião, existem dúvidas sobre a viabilidade econômica das operações em determinadas rotas à África. Zuanazzi afirmou que o governo estuda a possibilidade de dar incentivos às companhias - com abatimento de tarifas aeroportuárias, por exemplo - e que as alternativas serão debatidas a partir das propostas elaboradas por elas.

No caso da América do Sul, o governo deseja mais vôos entre os países vizinhos e cidades localizadas no Norte e Centro-Oeste do Brasil, uma vez que a oferta ainda é concentrada em São Paulo e Rio de Janeiro.

Desde o início do primeiro mandato de Lula, o governo vem se aproximando de países do hemisfério Sul com economias emergentes, na tentativa de ampliar o comércio exterior e ganhar apoio nas negociações com organizações internacionais.