Título: Ipsis Literis
Autor: Denise Neumann
Fonte: Valor Econômico, 17/01/2005, Brasil, p. A3

O estudo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) em parceria com a Fundação Centro de Estudos para o Comércio Exterior (Funcex) trouxe algumas metodologias novas. Uma delas é o cálculo da taxa de câmbio setorial efetiva. O trabalho calculou uma taxa de câmbio para cada setor deflacionada pelo Índice de Preços no Atacado (IPA) interno e pelos IPAs de outros países. Essa ponderação considerou o total da exportação daquele setor destinado a cada país. Assim, se o setor petroquímico exporta quase 60% de sua produção para os Estados Unidos e 25% para a América Latina e uma parcela próxima a 10% para a Europa, esses pesos, bem como a moeda de cada destino, foram considerados na composição de sua taxa de câmbio efetiva. Para o cálculo da rentabilidade, foi considerado não apenas o dólar, mas uma cesta de moedas também setorial e composta pelo peso de cada destino da exportação do respectivo setor. Dessa forma, o cálculo permite identificar ganhos e perdas em decorrência do maior ou menor embarque para países da zona do euro ou do dólar. Por fim, o estudo desenvolveu o cálculo da rentabilidade total. Além da rentabilidade na exportação, o trabalho calculou ganhos e perdas no mercado doméstico. Esse resultado foi agregado à rentabilidade obtida nas vendas externas. Novamente, para compor o cálculo do ganho total ele foi formado proporcionalmente pela parcela da produção destinada à exportação e pela parcela destinada ao mercado doméstico. Os dados iniciais para a composição de custos de cada setor vêm da pesquisa de produto e insumo do IBGE e os pesos relativos ao coeficiente de exportação de cada setor e também seus respectivos destinos são referentes ao ano de 2003. Os dados de 2004 consideraram o resultado até o mês de novembro.