Título: PQU projeta dobrar produção até 2010
Autor: Chico Santos
Fonte: Valor Econômico, 17/01/2005, Empresas &, p. B6

O grupo Unipar, principal acionistas controlador da Petroquímica União (PQU), planeja elevar a capacidade de produção da central de matérias-primas do pólo petroquímico de São Paulo a mais de um milhão de toneladas/ano, podendo chegar a 1,4 milhão até o final da década. Isso significa mais do que dobrar a capacidade atual, que é de 500 mil toneladas de etileno por ano. A informação foi dada pelo presidente da Unipar, Roberto Dias Garcia, pouco depois de ter assinado com a Petrobras convênio para receber da estatal 1,2 milhão de metros cúbicos/dia de gás natural, o que permitirá a ampliação da capacidade da PQU para 700 mil toneladas de etileno. "A principal importância disso (da ampliação) é que dará um ganho de peso, de qualidade e de modernização que nos permitirá estruturar um projeto para o final da década. Diante do crescimento da economia da ordem de 4% a 5%, não temos a menor dúvida de que vai ser necessário um novo ciclo de crescimento da petroquímica, em torno de 2008 ou 2009", afirmou. Para Garcia, diante da existência de matéria-prima e de mercado, "não há dúvida que a melhor localização para estruturar um projeto petroquímico é o Sudeste". O presidente da Unipar lembrou que, mesmo com a ampliação de 40% que deverá esta concluída em 2007, a PQU ainda estará defasada em termos de tamanho em relação às outras duas centrais brasileiras (da Bahia e do Rio Grande do Sul). Segundo Garcia, o ideal para uma central petroquímica nos dias atuais é que ela tenha capacidade superior a um milhão de toneladas/ano. "Podemos dobrar a capacidade após essa ampliação", disse o executivo, ressaltando que o próximo passo será o de alcançar entre um milhão e 1,1 milhão de toneladas. A primeira fase da expansão da PQU, sacramentada na sexta-feira, vai exigir investimentos de US$ 300 milhões. Como parte do projeto, a Petrobras vai construir um duto de 105 quilômetros para levar um milhão de metros cúbicos/dia de gás da refinaria de São José dos Campos (Revap) para a central. Outros 200 mil metros cúbicos/dia serão fornecidos pela refinaria de Capuava (Recap). Os investimentos no projeto estão divididos entre US$ 42 milhões nas instalações da Petrobras; US$ 118 milhões na planta da PQU; e US$ 140 milhões na expansão em 150 mil toneladas/ano da unidade de polietileno controlada pela Unipar. A Petrobras detém 17,4% do capital da PQU e a Unipar, 37,2%. (CS)