Título: Juiz pede prisão preventiva de 9 envolvidos na Xeque-mate
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 14/06/2007, Política, p. A12

A Polícia Federal em Mato Grosso do Sul pediu à Justiça a prisão preventiva de 32 acusados de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis. À Justiça Federal, a PF pediu a de 11 pessoas. Já na Justiça de Três Lagoas (MS), a Polícia Federal pediu a prisão preventiva de 21.

O juiz da 5ª Vara Federal de Campo Grande (MS), Dalton Igor Kita Conrado, decidiu na noite de ontem decretar a prisão preventiva de apenas nove acusados, entre eles Nilton Cézar Servo, apontado como chefe da quadrilha, desmontada pela Operação Xeque-mate, da Polícia Federal. O compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dario Morelli Filho, teve a prisão revogada e a sua saída da cadeia estava prevista para ontem mesmo.

A PF prendeu durante a operação, deflagrada no dia 4 de junho, 80 pessoas, mas apenas 67 permaneciam presas porque tiveram a prisão temporária prorrogada na última sexta-feira pela Justiça. A temporária venceu ontem, feriado em Campo Grande.

No total, a Justiça Federal revogou a prisão de 18 das 27 pessoas julgadas pela instância federal. Os outros 40 casos estão na Justiça de Três Lagoas (MS), que ainda não se pronunciou sobre os 21 pedidos da PF.

Pela decisão da Justiça Federal, permanecerão presos dois coronéis da Polícia Militar - Marmo Marcelino Vieira de Arruda e Sérgio Roberto Carvalho -; Ary Silas Portugal, gerente de máquina caça-níquel; Hércules Mandetta Neto, apontado como um dos líderes da máfia; José Eduardo Abdulahad, empresário do ramo de caça-níqueis; Edmo Medina Marquetti, investigador; e o dono da empresa Multiplay, Raimondo Romano. A PF descartou que Romano tenha sido preso no México, como foi divulgado.

A PF previa apresentar ontem à Justiça Federal em Mato Grosso do Sul o relatório final do inquérito sobre a Operação Xeque-mate. Na terça-feira, o delegado que preside o inquérito, Alexandre Custódio, analisou todos os documentos apreendidos e os depoimentos dos suspeitos de envolvimento com a quadrilha.

O relatório será encaminhado ao juiz da 5ª Vara Federal de Campo Grande, que analisará o documento e encaminhará ao Ministério Público Federal.