Título: Comércio é destaque na criação de empregos formais em novembro
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 20/12/2006, Brasil, p. A4

O aumento do consumo diante das festas de fim de ano permitiu um ligeiro crescimento na geração de postos de trabalho formais no Brasil em novembro. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, a criação de empregos com carteira assinada excedeu os desligamentos em 32.579 casos. A evolução em relação ao mês anterior, de 0,12%, foi menor que a taxa de 0,47% vista entre setembro e outubro, quando os 129.795 postos criados se aproximaram do recorde de 130.159 registrado em outubro de 2004.

Em relação ao estoque de novembro de 2005, a alta é de 0,05%. No ano, o crescimento acumulado atinge 5,93%, com a criação de 1.546.179 postos de trabalho entre janeiro e novembro. Nos 12 meses encerrados em novembro, o acréscimo foi de 4,78%, com 1.259.460 novas vagas.

O comércio foi o setor que mais contratou: 87.427 postos de trabalho (+1,46%), o melhor resultado para meses de novembro na série do Caged. O ramo de serviços foi responsável pela criação de 36.618 empregos (+0,32%).

A agricultura apresentou decréscimo de 50.757 postos de trabalho (-3,86%), enquanto a indústria de transformação viu uma baixa de 26.831 vagas (-0,41%). A construção civil apresentou uma redução de 10.490 vagas, o correspondente a uma baixa de 0,81%.

Ao comentar os números, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que, em dezembro, muitos trabalhadores costumam perder o emprego, mas ressaltou que o número de demissões no último mês deste ano não deve alterar muito o estoque de empregos gerados.

"Conseguimos manter uma média de geração de empregos superior à meta que estabeleci quando assumi o ministério", afirmou, referindo-se à média de 105,721 mil criados por mês. A meta estabelecida pelo ministro era de 100 mil vagas mensais. No fim de dezembro, o número de novos empregos deve chegar a 1,250 milhão.

Marinho destacou que, além da geração de emprego, os salários estão melhorando. Em 2005 a massa salarial cresceu 8,1%, como conseqüência do aumento do número de empregos de 5,8% e de 2,1% no rendimento médio dos salários no país. Para 2006, ele acredita na repetição de tal performance.

Sobre a influência, no mercado de trabalho, das medidas econômicas a serem anunciadas amanhã, o ministro mostrou-se otimista, mas não quis arriscar projeções. (Agências noticiosas)