Título: Joaquim Levy será o secretário de Fazenda do RJ
Autor: Vilella, Janaina
Fonte: Valor Econômico, 29/11/2006, Política, p. A9

O ex-secretário do Tesouro Nacional Joaquim Levy será o futuro secretário de Fazenda do Estado do Rio, no governo de Sérgio Cabral Filho (PMDB). Ontem, em reunião, em Washington, Levy aceitou o convite do governador eleito para assumir a pasta a partir de 1º de janeiro. Ele ocupa desde abril desse ano o cargo de vice-presidente de Finanças e Administração do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A nomeação de Levy para o cargo coloca uma pá de cal na já estremecida relação do ex-governador do Rio Anthony Garotinho e de sua mulher, a governadora Rosinha Matheus, com Cabral. No início do governo Rosinha, Levy, à frente da Secretaria do Tesouro, congelou os repasses constitucionais da União para o Rio por conta da inadimplência no pagamento da amortização da dívida com o governo federal. Também bloqueou o repasse de verbas federais para o metrô do Rio por causa do atraso no pagamento de parcelas da dívida estadual, medida prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal.

Ele disse ontem em Washington ter ficado satisfeito com o convite e com o desafio a enfrentar: "Volto para aquela cidade maravilhosa. Tem coisas importantes acontecendo lá no Rio de Janeiro", afirmou já prevendo um crescimento de 5% para a economia do Rio. "Ele (Levy) representa uma garantia de qualidade fiscal para o nosso Estado, assim como o enfoque na gestão que havíamos prometido", afirmou Cabral., segundo informações da assessoria de imprensa do governador eleito.

Carioca, 45 anos, Levy ocupou vários postos na área econômica do governo, entre eles o de economista-chefe do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, entre 2001e 2002, e de subsecretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda em 2000. Ele foi da equipe do ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, no governo FHC, e teve papel importante nas negociações da extensão do programa econômico com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em em sua condução nos dois primeiros anos da administração petista. (Com agências noticiosas)