Título: Ministro admite novas desonerações para a construção
Autor: Lyra, Paulo de Tarso
Fonte: Valor Econômico, 26/06/2007, Brasil, p. A2

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, comprometeu-se ontem durante almoço na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) a manter um calendário de reuniões com empresário da construção civil para discutir possibilidades de novas desonerações de produtos e desburocratização da compra de imóveis.

Apesar das reivindicações dos empresários, a perspectiva de que o setor cresça este ano em torno de 8% deu um tom positivo à fala do ministro, que foi embora sem compromissos concretos. "Fico feliz em ouvir essa boa notícia, pois o setor é um termômetro da economia, e ele está crescendo e empregando", disse Miguel Jorge. Ele afirma o governo buscará fazer com que o volume de crédito imobiliário passe dos atuais 2% do PIB para pelo menos 10%, projeção baseada na continuidade da queda dos juros. "Com a queda que ainda se espera dos juros, o sistema financeiro entra pesadamente no financiamento imobiliário, e há muito para o Brasil crescer nessa área."

Empresários do setor estão animados com as perspectivas de investimentos abertas pelo anúncio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que poderá aquecer setores com grande potencial de expansão como o de saneamento, segundo o coordenador de Comitê da Cadei Produtiva da Construção Civil da Fiesp, José Carlos de Oliveira. Porém, há preocupação que esse aquecimento acarrete falta de materiais e de mão-de-obra especializada. "

Sobre os setores eletrônico e automobilístico, que estão com dificuldades devido ao câmbio, , Miguel Jorge afirmou que não há nenhum pacote de incentivos no governo. "O que estamos discutindo é como faremos novos investimentos para produzir mais."