Título: Prêmios mundiais somam US$ 3,7 trilhões
Autor: Silva Júnior, Altamiro
Fonte: Valor Econômico, 05/07/2007, Finanças, p. C12

O mercado de seguros mundial voltou a crescer em ritmo mais acelerado. No ano passado, os prêmios totais somaram US$ 3,7 trilhões, expansão real de 5%. Em 2005, o aumento havia sido de apenas 2,5%. O grande destaque em 2006 foram os países emergentes, como Brasil, Rússia e Índia, que tiveram crescimento real de 16,3%, com prêmios de US$ 333 bilhões. Os dados fazem parte da versão de 2007 do relatório anual sobre o setor produzido pela Swiss Re, a maior resseguradora do mundo.

O estudo, que acaba de ser divulgado, mostra que o Brasil saltou mais uma posição no ranking global. Agora, ocupa a 19ª posição no levantamento, composto por 88 países. No ano passado era o 20º e no anterior, o 21º. Os prêmios do mercado brasileiro, incluindo vida e não-vida, bateram em US$ 30,4 bilhões, crescimento real de 9% em relação a 2005. O Brasil respondeu por 0,82% do mercado mundial de seguros em 2006, acima do que respondia em 2004, com 0,56%.

Globalmente, os seguros do ramo vida tiveram expansão de 7,7%, a taxa mais alta desde 2000. Os prêmios totalizaram US$ 2,2 bilhões. O crescimento ficou bem acima do ramo não-vida, que inclui automóveis, aviação, navegação, responsabilidade civil entre outros, com alta de 1,5% e prêmios de US$ 1,5 bilhão.

O boom do seguro de vida se deu graças aos produtos que misturam proteção e investimento. O relatório cita mudanças na legislação e taxas em vários países que acabaram incentivaram a procura por produtos para aposentadoria. Além disso, melhora do mercado de trabalho, mercado de capitais em alta e setor imobiliário aquecido também influenciaram.

Já as taxas modestas do ramo não-vida foram influenciadas, entre outros fatores, pela redução das catástrofes naturais em 2006. As perdas somaram US$ 11,8 bilhões, a terceira menor dos últimos 20 anos.

Nos emergentes, graças a maior expansão da economia, os dois tipos de seguro tiveram crescimento elevado. O ramo não-vida subiu 11% e o vida, 21%.

Sobre a América Latina, a Swiss Re destaca a a expansão dos seguros de vida, de 14%, revertendo uma queda de 2% em 2005. Expansão do mercado de crédito, da economia e do mercado de trabalho influenciaram o aumento das vendas. No Brasil, o aumento do interesse por produtos individuais (principalmente o VGBL) foi um dos destaques. Para este ano, a previsão é de crescimento ainda elevado para o segmento.

O Brasil tem 45% do mercado de vida da América Latina e 0,62% do mundial. Teve prêmios de US$ 13,7 bilhões em 2006, alta de 11%. O ramo não-vida cresceu 11% em toda região.

O estudo completo pode ser visto no www.swissre.com