Título: Emprego nas fábricas fica estável em novembro
Autor: Raquel Salgado
Fonte: Valor Econômico, 18/01/2005, Brasil, p. A4

A taxa de emprego na indústria mostrou estabilidade em novembro, em relação a outubro, seguindo o movimento de acomodação da produção industrial, mas registrou aumento de 2% nas horas extras e queda de 1% na folha de pagamento das fábricas, informou ontem o IBGE. Em relação a novembro de 2003, as novas contratações na indústria cresceram 4,2%, a nona taxa positiva consecutiva nessa comparação. No ano, até novembro, a ocupação industrial cresceu 1,7% e, em 12 meses, 1,4%. São Paulo apresentou a participação mais relevante na comparação com novembro de 2003, com alta de 4,4% no indicador, por conta de aumentos de ocupação em 11 setores. Os destaques para bens de capital (máquinas e equipamentos), com elevação de 25,7% da mão-de-obra. O único Estado que teve queda foi o Rio Grande do Sul (0,7%), com redução em oito segmentos. Na taxa acumulada do ano, Minas Gerais liderou, com ampliação de 4,3% nas vagas. A folha de pagamento dos trabalhadores caiu 1% na comparação com outubro, a segunda queda consecutiva. Na indústria de transformação a perda salarial foi maior, de 1,3% no dessazonalizado. Ante novembro de 2003, porém, houve aumento real de 6,9% na folha, com crescimento de 9% no acumulado até novembro por conta das novas contratações. São Paulo, Rio e Minas se destacaram, com aumentos na folha de pagamento de 6,8%, 11,2% e 7,5%, respectivamente. Em São Paulo, o aumento na folha de pagamento ocorreu por conta dos setores de bens de capital (26,9%), meios de transporte (14,4%) e alimentos e bebidas (22,6%). No Rio, a alta foi liderada pelos ramos de minerais não metálicos (52,9%), borracha e plástico (37,1%) e bens de capital (21,2%). Em Minas, produtos químicos (37,7%) e produtos de metal (55,6%) puxaram esses aumentos. Na avaliação do IBGE, contribuíram para um crescimento de 8,1% da folha de pagamento nas empresas em 12 meses o bom resultado da indústria em geral, mais os ganhos reais de salário nas negociações sindicais, distribuição de lucros das empresas entre seus funcionários e a queda da inflação.