Título: "Valor" fecha parceria com o "Journal"
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 13/08/2007, Empresas, p. B4

O jornal Valor Econômico fechou parceria com o "The Wall Street Journal", publicação americana que conta, hoje, com circulação superior a 2 milhões de exemplares e é reconhecida internacionalmente por seu domínio das áreas econômica e financeira. O acordo de licenciamento de conteúdo, com direito a uso de imagem, entra em vigor hoje, 13 de agosto. Reportagens produzidas pela redação do jornal americano serão publicadas simultaneamente no "The Wall Street Journal" e em uma "branded page" no caderno Empresas do Valor e no site Valor Online.

"The Wall Street Journal " é o maior diário de economia e negócios do mundo ocidental e o segundo maior jornal dos Estados Unidos em circulação. Tornou-se uma das principais fontes de informação para a tomada de decisões e de formação de opinião dos negócios mundiais. Seus leitores formam uma verdadeira elite do dinheiro: a renda média de seus assinantes, por exemplo, de US$ 191 mil por ano, é o dobro da dos leitores de "The New York Times". Mas, ao contrário da maioria dos jornais de economia, cuja influência se restringe a um nicho muito específico de leitores, "The Wall Street Journal " goza também de elevado prestígio político e aparece entre os primeiros colocados nas pesquisas dos jornais mais influentes.

O "Journal" nasceu há 118 anos e vem sendo controlado pela família Bancroft. Há duas semanas, a família concordou com a venda de sua parte na Dow Jones, dona do "Journal", à News Corp, um dos maiores grupos de comunicação do mundo, controlado pelo empresário Rupert Murdoch. O negócio, que inclui um acordo editorial entre as duas empresas para preservar a integridade jornalística do diário centenário, envolve US$ 5,6 bilhões e deverá ser concluído até o quarto trimestre deste ano.

Lançado em 2000 pelos grupos Folha e Globo, o Valor Econômico consolidou-se como a mais importante publicação especializada em economia e negócios do Brasil. Hoje, o jornal conta com tiragem de 60 mil exemplares e circulação paga de 52 mil exemplares, distribuídos em todo o território brasileiro.

O diário americano identificou no Valor Econômico o parceiro ideal para a publicação de seu conteúdo no Brasil. "A habilidade que o Valor Econômico tem de amplificar as notícias e análises do 'The Wall Street Journal' junto aos mais influentes executivos da comunidade empresarial brasileira, seja por meio de sua versão impressa ou pela internet, é um fator crítico para o crescimento de nosso conteúdo na América do Sul", afirma Bill Casey, vice-presidente internacional do "The Wall Street Journal".

Para Nicolino Spina, presidente do Valor Econômico, "essa parceria é um trabalho a quatro mãos alinhando os dois parceiros de modo estratégico, pois temos em nossa missão editorial o objetivo de produzir conteúdo econômico relevante e em profundidade. Esse também é um dos principais objetivos do 'The Wall Street Journal'", afirma.

O material de página inteira será composto pela coluna What's News - com os fatos que são notícia no dia - e por reportagens selecionadas pela redação do "The Wall Street Journal Américas" em acordo com o Valor. "As empresas brasileiras passam por importante processo de internacionalização e o Valor busca ampliar sua cobertura internacional com informações decisivas para nosso público leitor", diz Vera Brandimarte, diretora de redação do Valor Econômico. "O 'Journal' é o diário econômico com maior circulação no mundo ocidental e em mais de um século de existência construiu uma imagem de altíssima credibilidade e independência editorial. Essas mesmas qualidades são a base do projeto editorial do Valor em seus sete anos de existência", acrescenta.

O projeto gráfico da página do "Journal" no Valor é resultado de um trabalho das duas equipes, no qual buscou-se harmonizar as características de diagramação dos dois jornais, de forma a que a "branded page" não fosse apresentada como um corpo estranho às páginas editoriais do Valor.

Com o acordo, o Valor Econômico passa a deter direitos de publicação exclusiva do conteúdo produzido pelos quatro mais importantes veículos de informação econômica do mundo: os britânicos "Financial Times" e "The Economist" e os americanos "The Wall Street Journal" e "BusinessWeek".

Pesquisa realizada pelo Datafolha constatou que cada leitor despende oito vezes mais tempo lendo cada página do Valor Econômico do que a média dos outros jornais de grande circulação. Além disso, o Valor conta com renovação de assinaturas pagas de 83%, acima da média do mercado, o que confirma a satisfação de seu público.

A parceria fechada com o "Journal" agregará valor também aos anunciantes. Os espaços publicitários na página anterior à "branded page" e na página espelhada serão comercializados diretamente pelo "The Wall Street Journal", por meio de seus escritórios.

O Valor é líder do mercado de publicidade legal, de underwriting e noticiário. No primeiro semestre de 2007 todas estas áreas registraram o melhor resultado comercial de sua história. Neste ano, o jornal foi responsável pela divulgação de 95% de todos os IPO's (ofertas públicas iniciais de ações) feitos no Brasil.

Em noticiário, os números refletem o trabalho de desenvolvimento de projetos inovadores e diferenciados, como projetos cross-media, ações de relacionamento e aproximação com o mercado publicitário. "Em 2006, começamos um trabalho nas agências de propaganda e anunciantes, detalhando o perfil dos leitores e principalmente, os diferenciais competitivos do jornal. Além do mercado ter-nos acolhido muito bem, os resultados hoje confirmam que tomamos a decisão certa" , ressalta André Chaves, diretor de publicidade do jornal.