Título: Anfavea defende acordos bilaterais
Autor: Olmos,Marli
Fonte: Valor Econômico, 27/08/2007, Empresas, p. B7

Marisa Cauduro/Valor Schneider, presidente da Anfavea, que procurou o governo: "Os acordos de intercâmbio nos ajudam a exportar mais" Os fabricantes de veículos querem despertar no governo o interesse em continuar fechando acordos de intercâmbio comercial com outros países como forma de manter o ritmo das exportações do setor. Do total de veículos exportados pelo Brasil de 2000 até julho deste ano, 56,4% seguiram para os países com os quais o Brasil firmou entendimento de troca comercial de produtos e venda sem imposto ou com alíquota reduzida.

Faz quase sete anos que a indústria automobilística tem sido uma das principais forças de acordos bilaterais. Mas até hoje só foram firmadas parcerias com os países do Mercosul e o México. As montadoras têm interesse em ampliar o leque de opções de países, muito mais do que discutir a abertura comercial geral.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entidade que representa as montadoras, procurou o governo federal para discutir a idéia de partir para novos acordos. As conversas, até agora, envolveram o Ministério do Desenvolvimento e o de Relações Exteriores.

Segundo o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, os entendimentos entrarão agora na fase de reuniões. O objetivo é eleger os países que podem ser procurados para tentativas de negociação. O dirigente diz que os acordos representam uma forma de a indústria instalada no Brasil manter sua competição internacional. "Levamos números para o governo para mostrar a força que esses acordos têm na exportação do país", afirma Schneider.

De 2000 até julho deste ano, a indústria exportou 4,233 milhões de veículos. Desse total, 2,383 milhões foram para outros países graças a acordos bilaterais.