Título: Petróleo sobe US$ 2,65 e fica acima dos US$ 82
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 28/09/2007, Empresas, p. B7

As cotações do petróleo registraram novo salto ontem, sob efeito de um conjunto de avaliações sobre eventuais fatores de pressão para o produto. Um deles é a desvalorização do dólar, que leva a uma recomposição de preços de commodities. Outro fator é o risco de novas tempestades tropicais na região produtiva do Golfo do México. Há ainda a questão da queda dos juros, que pode levar a um aquecimento da economia e consequente aumento da demanda por energia.

No final dos negócios os contratos de WTI negociados em Nova York para o mês de novembro apontaram alta de US$ 2,58, para US$ 82,88. O vencimento para dezembro fechou a US$ 81,51, com valorização de US$ 2,65. Em Londres, o barril de Brent para novembro avançou US$ 2,60, para US$ 80,03. No contrato de dezembro o valor do barril atingiu US$ 79,79, com elevação de US$ 2,45.

Alguns analistas do setor creditam a forte alta de hoje ao declínio recorde da cotação do dólar frente ao euro. Esse movimento cambial acaba criando defasagem do valor do barril em dólar frente a transações em outras moedas. Essa correlação é valida não só para o petróleo, mas também para outras commodities, como ouro, prata e outros metais que também subiram hoje por conta do dólar baixo.

Outros agentes mencionam ainda a preocupação dos investidores com a temporada de furacões no Golfo do México. Uma tempestade tropical, chamada Karen, foi notificada ontem pelo centro nacional de Furacões dos EUA, mas a ocorrência está ainda a 970 milhas de distância das ilhas do Caribe.

A Reuters informou que a tempestade tropical Lorenzo, que formou-se ontem no golfo do México e avançava em direção à costa mexicana, provavelmente não afete a produção de petróleo na região. Lorenzo provavelmente chegaria à costa hoje, no Estado de Veracruz. A tempestade tinha ventos de 95 km/h e não mostrava sinais de que alcançar força para virar furacão. (Com agências internacionais)