Título: Cartão de crédito a pequena empresa avança no Brasil
Autor: Camarotto, Murillo
Fonte: Valor Econômico, 27/09/2007, Finanças, p. C7

O mercado brasileiro de cartões de crédito corporativos voltados a pequenas e médias empresas ("small business", no termo em inglês) vem crescendo duas vezes mais que nos demais países emergentes, informou ontem o executivo global para produtos corporativos da MasterCard, Steve Abrams.

Impedido de divulgar números absolutos, o executivo disse apenas que a empresa está trabalhando pesado na expansão desse tipo de plástico no Brasil, onde a penetração ainda beira os 20% do mercado potencial de pequenas e médias empresas.

"O mercado brasileiro ainda é imaturo, mas a curva já é ascendente. Estamos muito focados em aumentar o número de cartões", disse Abrams ao Valor Online. O executivo informou que veio ao Brasil com o objetivo de trocar experiências com os bancos, que são os efetivos "vendedores" de cartões de crédito. A idéia, segundo ele, é trazer idéias e "expertise" para que os bancos possam acelerar as vendas dos plásticos corporativos no país.

Além de aumentar a penetração, a MasterCard planeja adotar, em um segundo momento, uma estratégia de segmentação para os cartões corporativos small business. Segundo a responsável pela área no Brasil, Regina Rocha, a intenção é oferecer produtos específicos para cada tipo de estabelecimento. Como exemplo, citou a diferença entre a estratégia de negócios para um pequeno empresário do setor de confecção e outro que tem um açougue.

Outra idéia da MasterCard é avançar na criação dos cartões co-branded, que são aqueles emitidos com a marca de uma grande empresa e que dão descontos nas compras do pequeno empresário no estabelecimento. Abrams citou como exemplo de eventuais parceiros as grandes lojas de material de escritório e de construção, assim como locadoras de automóveis e companhias aéreas.

O executivo mencionou ainda o desempenho do mercado de cartões corporativos da América Latina, que, segundo ele, está crescendo cerca de 30% ao ano, ante média global de 16%. "A perspectiva de crescimento por aqui é muito grande mesmo", resumiu Abrams, sem revelar perspectivas exatas.