Título: Empresas reduzem a dívida externa
Autor: Lucchesi , Cristiane Perini
Fonte: Valor Econômico, 25/10/2007, Finanças, p. C5

Uma análise detalhada do balanço de pagamentos de setembro feita pelo Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) mostra que as modalidades de capital externo com pior performance foram as emissões de títulos no exterior e crédito bancário e comercial de curto prazo, justamente as fortemente impactadas pela crise de liquidez no mercado internacional.

"É possível que as condições de contratação dos recursos no exterior por empresas e bancos brasileiros tenham se deteriorado, levando esses agentes a cancelarem operações já programadas e/ou postergarem novas captações externas", segundo o Iedi.

Em setembro, as empresas reduziram dívida externa em termos líquidos, mostram os dados do balanço de pagamentos. As emissões de títulos no exterior - bônus, notas e commercial papers - passaram de US$ 406 milhões positivos em agosto para US$ 320 milhões negativos em setembro, diz o Iedi. Ou seja, as empresas e bancos pagaram mais títulos do que emitiram.

O mesmo aconteceu nos empréstimos e financiamentos de curto prazo, que registraram fluxo negativo de US$ 1,99 bilhão em setembro, na comparação com o déficit de US$ 1,37 bilhão em agosto, e no crédito comercial para fornecedores de curto prazo, que passou dos negativos US$ 241 milhões em agosto para US$ 1,659 bilhão negativos em setembro. Com isso, a rubrica "outros investimentos" dos fluxos financeiros mostrou déficit de US$ 3,138 bilhões em agosto.

Em outubro, cresceram as emissões de novos títulos no exterior pelas empresas. A Gerdau vendeu US$ 1 bilhão com vencimento em dez anos e pagou rendimento de 7,25% ao ano e a Odebrecht vendeu US$ 200 milhões com rendimento de 7,75% ao ano, também por dez anos, mas com opção de resgate antecipado pela empresa em cinco anos.

Neste momento, o Banco Mercantil do Brasil está com operação no mercado para vender até US$ 75 milhões em papéis de vencimento em três anos, segundo o diretor Cristiano Gomes informou à "Dow Jones Newswires". "Nós seremos a primeira instituição financeira a acessar os mercados internacionais de dívida desde a crise de crédito e por isso é difícil colocar um preço estimado para nossa emissão ou um valor exato", afirmou. O líder será o UBS. A visita aos investidores começa hoje na Europa e termina dia 30 de outubro em Cingapura. O preço deve ser definido em 31 de outubro ou 1º de novembro. O governo brasileiro poderá emitir bônus no exterior em novembro se as condições de mercado melhorarem, declarou o secretário do Tesouro, Paulo Valle, segundo a "Dow Jones Newswires".

Indique Imprimir Digg del.icio.us Tamanho da Fonte: a- A+ Ver mais notícias em Finanças

Newsletter gratuita Receba grátis as principais notícias por e-mail:

Nome: E-mail: CPF: Por que? * Você receberá informações sobre novidades e campanhas do Valor e de seus parceiros por email e/ou SMS.

Para nos certificarmos que o cadastro do seu e-mail não será realizado por outra pessoa, garantindo assim a integridade da informação. Dessa forma, agimos de acordo com a Política Anti-Spam e asseguramos a seriedade do newsletter.

fechar Dólar (12/11/07 - 14:05) Compra Venda Comercial 1,7780 1,7800 Turismo 1,7300 1,8800 Paralelo 1,9500 2,0500

12/11/07 * 14:20 * 1,78

Euro (12/11/07 - 16:00) Dólar 1,4537 1,4538 Real 2,5792 2,5905 Turismo 2,5200 2,7300

Outros indicadores Selic 11,18 TR 0,0766 TJLP 6,50 CDB 30 11,07 Ouro-g 50,300 IGP-M 1,05 Fonte dos indicadores: CMA

Managed by