Título: Desemprego fica estável, mas emprego formal sobe
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Fonte: Valor Econômico, 21/09/2007, Brasil, p. A3

A taxa de desemprego no Brasil manteve-se em 9,5% em agosto, mas a criação de vagas no mês passado foi a segunda maior do ano e o emprego formal bateu recorde, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram criados 217 mil postos de trabalho nas seis maiores regiões metropolitanas do país, o que representa um aumento de 1% ante julho.

A expansão foi a segunda mais expressiva de 2007, perdendo apenas para o mês de junho. Ainda assim, não foi suficiente para absorver a procura por emprego depois do período de férias escolares. Em relação a agosto de 2006, a população ocupada aumentou 2,9%, o equivalente a mais 594 mil pessoas no mercado de trabalho.

Segundo o IBGE, a maioria das vagas abertas em agosto foi com carteira assinada - que atingiu o maior nível desde o início da pesquisa, ao crescer 2,5% ante julho. Frente a agosto do ano passado, o emprego com carteira subiu 7% e alcançou o segundo maior nível da série histórica.

O economista do IBGE Cimar Pereira atribui o crescimento do emprego formal à expansão da economia, da fiscalização e da qualificação de profissionais. "Apesar do crescimento, ainda temos um déficit grande de trabalhadores sem cobertura como vale-transporte, férias e 13º salário." De acordo com a pesquisa, 42,9% dos trabalhadores ocupados nas seis regiões metropolitanas têm carteira assinada.

A previsão do economista é de que a taxa de desemprego recue nos próximos meses e encerre o ano em nível abaixo do observado em 2006. "Em agosto, a pressão sobre o mercado de trabalho aumentou porque muitas mulheres e jovens voltam das férias e procuram vagas. A tendência daqui para frente é de taxas menores." Na média do ano, a taxa de desemprego está em 9,8%, ante 10,3% em igual período de 2006. (Agências noticiosas)